Ao meu velho,
Grande poeta, grande músico, grande companheiro, pequeno, no tamanho certo, só com sua humildade, bem medida; aqui, no mundo que não conheceu, o do relativo anonimato da Internet, publico, o soneto que você mais gostava de ouvir, durante os tempos findos em que, juntos, compartilhávamos nossos amores e dissabores. E nossas fantasias e utopias.
Apelando ao Cristo
Desperta Cristo, desta letargia,
Faz um esforço e volta ao velho mundo.
Exigimos o Teu saber profundo,
E outra forma de filosofia.
Porque aquela que tanto servia
De união entre os homens cá na terra,
Só serve agora prá forjar a guerra,
E encher o mundo de melancolia.
Atende ao meu apêlo! Deixa os céus,
Vem ver aqui milhões de fariseus
Explorando os incautos em Teu nome.
E se Quiseres regressar com vida,
Trazes de lá sacolas com comida,
Se não aqui Tu morrerás de fome!
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