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Poesias-->38.O DIA -- 03/12/2002 - 07:48 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



Estranhamente, a Copa nos fascina,

Que o povo mais alegre é mais feliz,

Porque, de canto a canto, nos brasis,

O etéreo vê mais luz na vil neblina.



Por não ter quem perdeu qualquer raiz,

Não sofre, pois ninguém o recrimina.

É como quem não sabe esta doutrina

Que, quando chega aqui, a fé bendiz.



Sabendo ser da análise o bom prisma,

Que parte do princípio do evangelho,

Há de quem nos ler perder a cisma



E, mais, nos vai doar o coração,

Quando estiver na vida muito velho,

No aguardo do festejo do perdão.









II



O estímulo do verso se dilui,

Se a crítica ferina não quer ver

Que a turma apenas cumpre o seu dever

E o seu amor por todos distribui.



Havendo tão-só um que queira crer,

Aí a nossa mágoa já não flui

E o medo de ferir mais diminui,

Na ânsia de um mergulho em bem-querer.



Assim, vamos sofrendo co as leituras,

Que o povo da cidade está sabendo

Que, cá do etéreo, outras criaturas



Procuram dar noção de estar vivendo,

Para tornar as almas mais seguras

De que é o futuro mais do que estupendo.









III



A qualidade que requer o irmão

Paira por sobre nós lá muito acima,

Que o grupo que reflete sobre a rima

Tão-só possui de si bom coração.



Porém, o caro médium nos anima

A persistir no rumo da canção,

Que os versos, qualquer hora, ainda vão

Tornar-se a só razão de nobre estima.



Conquanto a mesma rima se repita,

Fazendo com que a gente mais se enfade,

O nosso coração também palpita,



Quando alguém daí se persuade

E sobre as pobres glosas mais medita,

Chegando a conhecer felicidade.









IV



Se temos uma quota p ra ditar,

O tempo há de correr por nossa conta,

Pois, se for pouco, o médium desaponta

E já não quer ir muito devagar.



Aí, o verso as regras mais afronta

E a rima, que se quer sempre sem par,

Acaba respirando este mau ar,

Deixando-a branca, sôfrega e mui tonta.



E o tema põe os cânones de lado,

Destacando apenas os problemas

Que trazem nosso mestre preocupado.



Então, lá no finzinho, alguns dos lemas

Ressaltam deste texto amarfanhado,

Tornando as agonias más, supremas.









V



Não vamos alterar nosso estribilho,

Que os versos mais perversos desta gente,

Ainda que não haja quem comente,

Também vamos tratá-los como filhos.



Deixamos nossa marca, pobremente,

Nestes sonetos, simples pecadilhos,

Composições que seguem pelos trilhos

Aos quais o médium serve de dormente.



A dúvida que paira, nesta hora,

Dilui-se pela rima concluída,

Que a lei da melhor forma inda vigora.



A que a nossa estrofe mais convida?

A pôr toda a virtude para fora,

A respeitar quem sofre nessa vida.









VI



Um último soneto cabe ainda,

Que o tempo deu p ra todos muito bem.

Quem é que nos daria um só vintém,

Por esta rima rica e muito linda?



Assim, a qualidade se contém,

Enquanto a nossa quota não se finda,

Temendo que Jesus, por bem, rescinda

O alvará da poesia no “porém”.



E quem é que nos dá por vencedores,

Enquanto o que fazemos cambaleia?

Aquele que não sofre os vis rigores



Da crítica que julga muito feia

A concessão dos nossos protetores:

O médium que não pára ou titubeia.



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