Quando eu morava em Araquari-Joinville, Santa Catarina. Anoitecia, o sol morreia, arfava o dia, na palidez do céu , na penunbra como chuvia... Espargindo a saudade ao longo dos caminhos, relegando o proscrito à dor da nostalgia. Interiormente estou só, o caminho parece tristonho, e quanto mais avanço no infinito, mais longe eu fico do meu sonho. Estou aqui em Guaira, do céu resplandescente na harmonia, entre luzes e vozes matinais, ela me veio repentinamente, com requintados gestos teatrais. Amanhece , as vezes canto, ligo o radio, o sol nascente, numa festa de luz pelo horizonte afora, envolve-me terna flor, que solitariamente depois do amor, despojada da noite, resplandece agora. -José Angelo Cardoso.- Poeta, contista, artista plástico. Presidente-fundador da Academia Guairense de Letras. |