A tarde florescia sob um ímpeto nublado das nuvens que se rebelavam contra o sol. Uma brisa gélida encostava nas sombras das árvores e vararosamente farfalhavam as palmeiras umas nas outras.
Dois pássaros no alto da mangueira começavam a jogar conversa fora, feito dois amigos íntimos:
-Oi a quanto tempo...Disse o pássaro A
-O pássaro B respondeu: tudo nas nuvens! E a família!...
- Muito bem obrigado disse o A.
Ambos calaram.
Logo depois o pássaro B disse:
- O tempo está frio né?
O pássaro A continuou: Deve de ser por que esses outros dias tem feito muito calor.
Por horas conversaram e conversaram. Deram boas risadas, entreolharam-se e como a duvidar simultaneamente de algo, perguntaram-se em parelha:
- De onde nos conhecemos!?...
Pausou um silêncio, como se estivesse a pensar e de repente, deram novas risadas.
Disse o pássaro A: Deve ser do ninho na ameixeira.
Retrucou o pássaro B: Não! não!Acho que é do lago.
Interveio o pássaro A: Acredito que não!
Ah! já sei...
E uma grande confusão instaurou-se por mais alguns minutos. Um dizia uma coisa outro dizia outra.
Já sob o véu da noite tornaram-se a entreolhar e descobriram enfim, sob uma chuva e um vento forte que não se conheciam. E por alguns novos momentos ficaram indiferentes, contudo, depois, bem depois apresentaram-se.
- Oí eu sou o Artur! Prazer em conhecê-lo.
- O prazer é meu!Eu sou o José, mas pode me chamar de Zequinha!