Sempre leio os cordelistas,
Observo os seus trabalhos.
Para mim são agasalhos
Que confortam a minha vida.
Nessa vontade aguerrida
De compor verso ao montão,
Vêm eles, no dia-a-dia,
Embelezando a poesia
Com a flora da inspiração.
Cada um tem sua forma
De compor o seu cordel,
De usar o doce ou o fel
Pra externar sua vontade
Ou mesmo a realidade
Das suas convicções.
E, sem muita silhueta,
Com as fibras, o planeta,
Vai tecendo suas visões.
Tem uns que falam de amor
Ou da beleza que encerra;
Outros da fome e da guerra
Geradas pelo egoísmo.
E outros, sem altruísmo,
Na sua simplicidade,
Cantando o terno que esmera,
Abre os braços à primavera
E externa a felicidade.
Têm uns que exploram bem
Todo mistério e ciência
Em cima da experiência,
Da prática do dia-a-dia.
Esboçam a sabedoria,
Da abelha e da formiga,
Beija-flor e tatu-bola...
O farol da grande escola
Que nos dá luz e abriga.
Eu, poeta simplesmente,
Faço do verso um ABC
Onde estou sempre a aprender
As lições de liberdade.
Pois, só a justiça e igualdade,
Nesse mundo embrutecido
Podem trazer de verdade
A sonhada felicidade
Para o berço do excluído.
Muito, pois, me alegraria
Se todos poetas juntos
Somados milhares muitos
Levantassem a sua voz
Contra o opressor, o algoz
Que gera todo esse estorvo...
E pusessem, no improviso
Do eterno verso, um sorriso
Nos lábios do nosso povo.
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Você sabe que mais difícil que escrever um livro, é coloca-lo na mão do leitor. Pois, bem!... já escrevi 07 livros, dos quais 06, no corpo-a-corpo, consegui faze-lo. No entanto, acabo de publicar o meu último, intitulado”INSURREIÇÃO NO CAMPO”. Trata-se de um romance que conta a história do homem do campo. No que pese as dificuldades, o campo ainda é um paraíso se comparado às periferias urbanas. Mas, o ponto central do livro é um empobrecimento dos pequenos produtores baseado no processo histórico da troca desigual. Como se sabe, o que existe em uma economia é troca de mercadorias; no caso da agricultura os seus agentes levam seus produtos para a cidade e voltam com os bens industrializados. Porém, eles estão condenados a produzir sempre mais, se desejam adquirir aqueles mesmos produtos do ano que passou. Daí vem a insatisfação, a revolta, a organização/conscientização, a luta e o enfrentamento com os grandes latifundiários e o poder constituído.
Mas, o romance aborda também o cotidiano da vida rural; muitos acontecimentos interessantes, surpreendentes.
Se você se interessa pelo assunto, gostaria que me comunicasse e eu lhe enviarei algum capítulo. O livro tem 145 páginas e uma boa apresentação gráfica, ao preço de R$ 10,00
medeirosbragab@bol.com.br
Cordialmente,
O Autor.
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