Para alguns poetas da Usina de Letras, a título de reflexão, e como colaboração para todos os demais - interessados ou não no tema,- que reputo de suma importância, principalmente nos dias tortuosos em que vivemos o paradoxo da frieza dos homens, frente ao calor e o barulho das explosões atômicas, que jorram dos canhões da arrogância, da destruição e da opressão.

“Uma arte só pode ser avaliada com base nas suas melhores realizações. A má vontade em relação à poesia tem causas múltiplas e acaba produzindo efeitos culturalmente lamentáveis. Premidos pela pressa permanente em que se movem, os leitores contemporâneos se desinteressam das leituras que exigem um maior investimento de tempo. Querem resultados rápidos. A paciência não é, entre nós, uma qualidade muito difundida. A assimilação fica prejudicada.

Há experiências subjetivas que envolvem sentimentos, medos, esperanças, imagens, fantasias e intuições que só a poesia pode expressar.

Nos poemas, posso comparar meu modo de sentir com o dos outros. Posso perceber o que nos assemelha e o que nos distingue: o que é universal, e o que é mais singular em mim”.

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“Se compararmos a autodisciplina da linguagem poética com a banalização do idioma, com o empobrecimento da comunicação cotidiana, com a deterioração da forma na maioria das falas que a gente ouve nas conversas, ou com os cacoetes dos modismos na TV, perceberemos imediatamente como são graves as perdas decorrentes da má vontade contra a linguagem poética.

Seria maravilhoso se nós conseguíssemos fazer algo pela revalorização da poesia. (*) Leandro Konder