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Contos-->O sargento e o palhaço -- 19/09/2002 - 16:50 (José Ronald Cavalcante Soares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Viu-se, de repente, no meio de uma encruzilhada sentimental. Logo ele, que havia jurado para sua mãe que não se casaria, que não colocaria uma mulher na sua vida, deixando a mãe em posição desigual e inferior. Mas, nas arapucas do destino, viu-se aprisionado por duas mulheres: uma loira e outra morena.
A loira, muito alva, alta, de olhos escuros; a morena, trigueira, de olhos verdes expressivos. Namorava as duas, ansiosamente, com a loira, nas segundas, quartas e sextas; ficavam para a morena os dias restantes , inclusive o final de semana. Dizia para a loira que nos finais de semana precisava viajar para o interior, para sua fazenda, efetuar o pagamento dos trabalhadores e supervisionar a produção de ovos e frangos para abate. A morena sabia que nas segundas, quartas e sextas,ele frequentava a aula de mestrado.
E a mãe, preocupada com o filhinho querido, não deixava nunca de aconselhar: meu filho, cuidado com as mulheres, elas são falsas, dissimuladas, interesseiras(acho que quando dizia isso esquecia sutilmente que era do sexo feminino).
Desta forma, Frederico vivia suspirando, emagracendo, perdendo o apetite, na dúvida cruel da escolha: fico com a loira ou com a morena? E perguntava aos amigos, mas isso o tornava ainda mais confuso porque quase todos diziam: bem, você deve consultar primeiro o seu coração; ele é quem dita as regras do jogo. Lages, contudo, que era tido como pessoa muito experiente, retrucava: você deve pesar e medir as qualidades, este negócio de se deixar levar pelo coração não dá certo. A pessoa cega, a paixão se encarrega disso. E assim, Frederico permaneceu no desequilíbrio da paixão dupla por mais de seis meses.
Na segunda, ao lado da loira, se surpreendia quase fazendo pedido de casamento, imaginava como seriam os seus filhos: altos, loiros, dos olhinhos escuros, mas, já na terça, com a morena em seus braços, ficava zonzo, preso naqueles feiticeiros olhos verdes e balbuciava um tímido pedido de casamento, que a moça nunca entendia. Aí pensava nos filhos moreninhos, baixinhos e de olhos verdes.
O tempo passou rapidamente(acho que o tempo das diversões sempre passa com rapidez), um belo dia, a loira foi embora com um sargento da aeronáutica e deixou um bilhete lacônico: encontrei alguém na vida que se definiu, até mais indeciso.
No outro dia, numa terrível coincidência, a morena fugiu de casa acompanhando o circo que se despedia da cidade. Dizem as más línguas que ela se apaixonou pelo palhaço Pereba.
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