Usina de Letras
Usina de Letras
234 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->36.O DIA -- 01/12/2002 - 07:39 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



É séria esta atitude do poeta

Que quer trazer um verso muito lindo.

Entretanto, o que segue redigindo

O povo, até sem ler, logo lhe veta.



Mas sabe este poeta quanto é infindo

O tempo, p ra formar-se um bom esteta.

Não se queira exigir de algum atleta

Que faça o seu esforço, estando rindo.



As chagas de Jesus estão abertas,

Para mostrar ao povo que o sofrer

Mantém as atenções sempre despertas.



Se queres bem cumprir o teu dever,

Conserva as intenções mais descobertas,

Que é como este meu verso tem poder.









II



A lista das virtudes tem remendos,

Que a carga de trabalho constitui

A fonte das promessas donde flui

Os ganhos da moral mais estupendos.



Nessa vida, é o ócio que dilui,

Ao pôr na má vontade alguns adendos,

A força, sem a qual são mais horrendos

Os males cuja dor o bem derrui.



Façamos, com Jesus, o melhor gesto,

Na ânsia de tornar o mundo são,

Deixando para trás o vil protesto



De quem só quer ferir o coração,

Lançando contra nós rude doesto,

Abrindo mão da lei pelo perdão.









III



A História só registra poucos fatos,

Embora sejam tantas as tragédias

Que fazem mais pensar que há comédias,

No fim da trilogia, em quinze atos.



Se vamos registrar somente as médias,

Sem pôr, na dimensão, dados exatos,

Evitamos, talvez, espalhafatos,

Perdemos, com certeza, as nossas rédeas.



Assim, há que saber que lá no Inferno,

Chamado dos espíritas de Umbral,

Teremos a impressão de ser eterno



O sofrimento triste, sempre igual,

Enquanto o sentimento mais fraterno

Exige para o irmão o mesmo mal.









IV



Façamos todo o bem que for possível

Agora, não deixando p ra depois.

Não digas tão-somente: — “Por quem sois,

Que vindes demonstrar que é tudo horrível?!”



Assim como um mais um perfazem dois,

A soma das maldades será crível

Que atinja da bondade o mesmo nível?

Agora hás de dizer um “ora, pois!”.



Por isso é que a galhofa calha bem,

Que é rindo que os costumes se melhoram,

Contudo, o nosso riso não contém



Aquele farfalhar que os maus adoram,

Na crítica perversa onde um vintém

Não vale aquela mágoa dos que choram.









V



Respeito e cortesia, neste verso,

Achamos seja nobre obrigação,

Pois tudo o que se faz de coração

Terá de, no evangelho, vir imerso.



O exemplo são os santos que nos dão,

Nos atos de um amor incontroverso,

Legado que, no mundo, vai disperso,

Que o homem fala “sim” somente ao “não”.



Senhor, dai-nos mais luz à nossa vida,

Pois temos bom caminho a percorrer.

O vício, a toda a hora, nos convida



A pôr de lado a quota do dever.

Não seja a nossa alma arrependida

Por ter, sobre esse mal, força e poder.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui