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Cordel-->Consternada... Revelo a Minha Idade... -- 06/06/2003 - 12:51 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Ah! Ah! Ah! Querido Guima,
Foste ler, extasiado,
Na página da Magriça,
Que aqui linkou vil VIADO?
Sim... Tenho, lá, trinta e cinco!
Mas ali é que “não minto”
Por ter o tempo passado...

Me cadastrei há quarenta,
Idade de belo instinto;
Se as contas fizerem bem,
Somo, hoje, “setenta e cinco”!
Oh! Mas não te desesperes,
Tô igual Carlinha Peres,
Que deve ter “vinte e cinco...

O milagre? Eu consegui,
Pelo tal do “silicone”:
Reformei todo o esqueleto
E até passei muita fome!
As pelancas “extirpei”
E a gordura “aspirei”
Mandei até fazer “clone”!

Já imaginaste, uma velha”,
Clonada em moça formosa”?
Que te diga o mestre “Lu”
Sobre a “véia” dadivosa...
Faço amor de qualquer jeito:
De frente, lado ou de peito
Pois sou muito “prestimosa”!

Se tenho filho de vinte?
Foi na mentira também:
Coloca “mais trinta” em cima
Ele não é mais “neném”;
Está na sua “meia-idade
E goza de “mocidade”,
Mas não conta pra ninguém!

Isso é “segredo de Estado”;
Já imaginou se souber
Toda a turma da Usina?
Vai pensar, desta mulher,
Que é uma pilhéria em pessoa,
Ou fica vagando à toa”,
Vendendo-se a quem quiser!

Meu garoto “cinqüentão”
Tem onze filhos levados
Dos meus netos, tu nem sabes...
Cinco deles são viados!
Mas são todos uns carinhos:
Uns, com jeito, outros, “jeitinhos”
Na vida, “desajeitados”...

Aqui deixo o meu retrato,
Fiel, real e inteiro;
Porém, sou linda, afinal,
Neste corpo “hospitaleiro”;
Mas, apesar desta idade;
Ainda faço “caridade”
Se o “moço” tiver dinheiro!

Fico alojada às segundas,
Na esquina da Uruguaiana
Andando, pra disfarçar
A artrite que me dá gana...
E ao “deitar” tudo passa
No “puteiro lá da Praça,
Aquele “bordel bacana”!

Servem um prato de canja
Com duas colheres dentro;
Após o “amor” apetece
Canja com gosto de coentro;
Temos de comer ligeiro
Pois lá vem o faxineiro
Limpar o quarto pulguento!

E assim, de mão em mão,
Vou minha vida levando,
Sendo muito dis(puta)da:
”Clientes” vivem brigando;
Mas que culpa tenho, amigo,
Se todos querem comigo,
Levar a vida “trepando”?

De dia, sou professora:
Dou “mole” a qualquer aluno,
Basta sorrir “pra titia”;
Dou-lhe sorriso e “não puno”;
Às mocinhas, eu ensino,
Que devem “usar o pino”
Mas não gastar com “gatuno”!

Não se espante, amigo meu;
Sei que a verdade é chocante!
Mas deixa-me aliviada
Ao menos num breve instante...
Apesar de tanta luta,
Tornei-me esta “humilde Puta”
Por força “justificante”...

Não há repudio algum
Em “amar o próximo assim”;
Nem consigo imaginar
Esses safados sem mim!
Só não quero que no céu
São Pedro me deixe “ao léu”,
Pois, fiz “caridade, enfim”!


PS. Fiz este pequenino cordel, em alerta ao amigo Guima, e a todos os "utentes", para que não caiam na minha "teia" e, depois, se queixem, decepcionados...



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