Digo o que sinto e o que penso,
me desnudo quando você me pede , exige e quer...
apesar das aleivosias do meu temperamento,
deixo explodir a lava incandescente
do meu vulcão interno,
por você honrosamente ativado...
Assim como não se pode conter o curso das águas fluviais ,
é impossível deter , reter , destesar meus líquidos naturais ,
tamanha é a obstionação desabrochada no meu desejo...
Minha oca virtude se regozija ,
diante do seu belo falo,
contundente e cruel,
é a sua língua ferina
que me provoca melodiosamente,
ora sugando
ora vagarosamente lambendo,
ora acintosamente beijando-me...
Quero atravessar as barreiras de suas roupas,
invadir seus dois palácios,
adentrar em seus ermos campos,
engolir oralmente seus doces esguichos seminais...
Deixe-me colorir o cinza da sua vida,
fazer um filme proibido,
tornar inédito o nosso caso,
um mero rabisco em plácida arte,
transformar o insosso em saboroso,
o trivial em frugal,
o fullgás em eterno...
Nathalya Raducan
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