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Artigos-->O Lado Bem Humorado do Governo -- 30/01/2002 - 18:26 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Este governo não se cansa de improvisar soluções, as mais cômicas, para não dizer trágicas, sempre que se sente acuado diante de medidas emergenciais que necessitam de soluções rápidas. O caso da proibição do uso de celulares pré-pagos, para evitar a comunicação entre presidiários, foi mais um lance de falta de imaginação. Chegou a lembrar a questão do kit de primeiros socorros.

O cumprimento da norma do Código de Trânsito Brasileiro, que obrigou os motoristas a carregarem em seus veículos o estojo para primeiros socorros, gerou, no seio da sociedade, à época, um misto de desconfiança e frustração. Desconfiança de que a medida tivesse sido adotada para favorecer pessoas ligadas à produção e comercialização dos itens que integravam o kit de primeiros socorros. Frustração pela ilogicidade da medida, que atentava contra o bom senso, posto que caminhava na contramão da eficácia dos resultados almejados.

Para alcançar os objetivos propostos, bastaria, em primeiro lugar, adotar um programa de treinamento (prático e teórico) para ser aplicado aos motoristas, valendo-se da experiência de pessoal especializado do Corpo de Bombeiros, Defesa civil e demais órgãos ligados à prevenção de acidentes e primeiros socorros. Em segundo lugar, elaborar e distribuir, junto com o kit, um manual prático que definisse os casos de sua aplicação e a correta utilização dos itens ali contidos, além de orientações e procedimentos para os casos mais graves de acidentes com vítimas,, seja por atropelamentos, explosões, incêndios, quedas de barreiras, batidas, capotamentos e assim por diante.

O kit, da maneira como foi colocado, por si só, era mais um pequeno detalhe, que escondia problema muito maior. Mais do que uma tesoura e alguns rolos de esparadrapos, seria necessário por em prática um projeto mais abrangente, de caráter preventivo, de recuperação de nossas estradas, eliminando os buracos, recuperando e ampliando a sinalização e aprimorando a fiscalização nas estradas. Só com estas medidas, já teríamos reduzido, em muito, os riscos de acidentes, principalmente se do projeto constasse medidas de ataque “mortal”aos motoristas embriagados, drogados e caminhoneiros sonolentos, bem como a verificação rigorosa e a apreensão de veículos sem condições mínimas de tráfego com segurança.

Da maneira como foi concebido, o kit, quando muito, serviu para engordar as receitas de alguns comerciantes que usaram as luvas como desculpas para meter a mão no bolso dos usuários, o esparadrapo e as ataduras para calar suas bocas, a gaze e o algodão para tapar os olhos e os ouvidos dos mais atentos, e a tesoura, sem ponta, não serviu sequer para tratar de unha encravada, quanto mais se fosse usada para atender aos acidentados de trânsito. Depois, insistem em dizer que temos má vontade com o governo.



Domingos Oliveira Medeiros

30 de janeiro de 2002

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