Flores do Campo
(Domingos Oliveira Medeiros)
Seguindo o mote da Rose de Castro (Erva Daninha)
Danadinhas, tuas ervas
Que adentram ao teu regaço
São molhadas pelas chuvas
Resistentes, sem cansaço
Florescem em liberdade
São matos de castidade
São jardins por onde passo
Crescem, primeiro, por fora
Sobem como a trepadeira
Procurando seu abrigo
Nas dobras da companheira
Ali fincam as raízes
Mudam de cor e matizes
Erva daninha e rasteira
Vivem nos campos da vida
São belas e verdejantes
Inspiram todos os sonhos
De todos os viajantes
Que passam pelas estradas
Em constantes caminhadas
São cavaleiros errantes
Que param por conta delas
Que olham e a desejam
Deitar-se naquela relva
Como amantes que se beijam
Namorados que se amam
Amores que se inflamam
Amigos que se cortejam