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Artigos-->Sr. Clóvis: de ceroulas molhadas? -- 30/01/2002 - 15:00 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Sr. Clóvis, não sei por que raios que o partam, me cobrou uma posição frente ao assassinato do prefeito Celso Daniel, de Santo André. Também cobrou uma posição do Ternuma (www.ternuma.com.br) a respeito do assunto. Tanto o Ternuma quanto eu combatemos qualquer tipo de violência, não importa a ideologia que a acoberte. Assim, por que a inquisição, Sr. Clóvis?



Por que eu - ou também o Ternuma - teríamos que obrigatoriamente nos pronunciar sobre algo que já ocorre há anos, ou seja, a violência institucionalizada em nosso País? Qual seria nossa autoridade em palpitar sobre o assunto?



Mas, como em Usina de Letras se discute do cocô à bomba atômica - como diria Jô Soares - vamos ao assunto do p(a)uteiro Clóvis.



Ora, caro Clóvis, no que toca a este pobre mortal, o que ocorreu no ABC paulista foi apenas mais uma morte estúpida de um ser humano. Em 2001, morreram 40.000 pessoas assassinadas no Brasil. A vida de um petista teria para você mais valor do que a vida do brasileiro comum? Nada se esclareceu a respeito da morte de Celso Daniel. Crime político? Tudo indica que não, pois havia altos interesses em jogo (o amigo do prefeito que o acompanhava na ocasião do seqüestro ficou rico em poucos anos), tráfico de influência, insinuações várias que já apareceram na imprensa - ou seja, foi apenas mais um crime de mafiosos que atuam impunemente há anos no Brasil.



Outra coisa, caro Clóvis: quem anda de mãos dadas com terroristas do ETA, do IRA, das FARC - como ocorreu com o PT no I Fórum Social Mundial, em janeiro de 2001 - um dia será vítima desse mesmo terrorismo.



Quando os terroristas que seqüestraram Abílio Diniz foram presos, o Senador Eduardo Suplicy fez uma visita de cortesia aos "pobrezinhos". O então Secretário de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça, José Gregori, não sossegou o facho enquanto todos os terroristas não fossem soltos (com as bênçãos de Dom Arns).



A mesma bajulação da esquerda com terroristas ocorreu quando um ex-padre, relações-públicas das FARC, foi preso em Foz do Iguaçu. Integrantes do PT, CUT, MST, PC do B etc. exigiram a imediata liberação do crápula - no que foram prontamente atendidos pelo Sr. Gregori.



Lula-laite, o eterno candidato do PT a Presidente do Brasil, volta e meia faz um passeio a Cuba, entre baforadas de havana e goles de mojito, para mais um ato subserviente de lambe-botas ao terrorista mais antigo no mundo. O que teria Lula-laite de tão importante para aprender com o longevo tirano? Pergunte ao PT, Sr. Clóvis, eles devem ter uma boa explicação que eu desconheço até o momento.



Portanto, quem deve explicar a violência atual, mais do que eu, o Ternuma ou qualquer outro palpiteiro, é o próprio PT, além do Governo FHC (do Ministro Aloysio "Ronald Biggs" Ferreira).



Já diz um ditado que "não se pescam trutas(*) de bragas enxutas". As vestais do PT, como você, Clóvis, hoje se espantam por estarem com as ceroulas molhadas. Vocês esquecem apenas que estão colhendo o que semearam nesses anos todos, como pode ser comprovado no artigo abaixo, "PT colhe plantio", de Janer Cristaldo, publicado em Ternuma.



No fundo, no fundo, Clóvis, você também é um pouco Bin Laden ;-) (PT - Partido dos Talibãs)



(*) "Truta" é também o apelido de Olívio Dutra, segundo o testa-de-ferro Diógenes do Dinamite.



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PT colhe Plantio



Janer Cristaldo

25/1/2002



“Isso já passou dos limites", disse o presidente Fernando Henrique Cardoso, comentando o assassinato do prefeito Celso Daniel. Elástica noção de limites, a do presidente. Ocorreram 307 seqüestros em São Paulo, só no ano passado. Quer dizer que quase um seqüestro por dia ainda não constitui limite? O brutal assassinato de uma senhora, liberada por seus captores e logo após fuzilada pelas costas em frente à própria casa, estaria ainda longe do limite?



O narcotráfico, que administra as favelas e determina dias feriados ou de luto, fechamento de escolas ou comércio, não seria um limite?



Ao que tudo indica, não. Pois, em sua magnanimidade, o príncipe dos sociólogos tem uma generosa noção de limite. Os seqüestros e assassinatos cometidos pelos terroristas que queriam transformar o Brasil em uma imensa Cuba, não só foram anistiados como seus autores foram regiamente recompensados com cargos e polpudas aposentadorias. Sem ir mais longe, podemos começar por seu ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira.



Membro do Partido Comunista Brasileiro, optou pela luta armada ingressando na Aliança Libertadora Nacional (ALN), o grupo terrorista de Carlos Marighella, de quem era motorista. Marighella, se alguém não mais lembra, é o autor do Manual do Guerrilheiro Urbano, traduzido em várias línguas na Europa e livro de cabeceira das Brigadas Vermelhas italianas e do Baader-Meinhoff alemão. (Em Estocolmo, em plena social-democracia nórdica, encontrei uma tradução do manual em sueco). Foi morto em 1969, em uma emboscada pela polícia e hoje é cultuado como santo pelas esquerdas.



Em agosto de 1968, Aloysio Nunes - de codinome Mateus - participou do assalto ao trem pagador da Santos-Jundiaí. Em outubro, ao carro pagador da Massey-Ferguson. Ainda no mesmo ano, viajou com passaporte falso para Paris, onde passou a coordenar as ligações de Cuba com os comunistas brasileiros. Lá, filiou-se ao Partido Comunista Francês e negociou com o presidente Boumedienne, da Argélia, para que comunistas brasileiros recebessem treinamento militar naquele país. Com a Lei da Anistia, de 1979, regressou ao Brasil, onde foi eleito pelas esquerdas deputado estadual, vice-governador e deputado federal. Amigo dileto de Fidel Castro, após uma visita a Cuba no ano passado, o ditador foi ao seu embarque e o acompanhou até o avião para as despedidas, em homenagem a seu passado revolucionário.



O agitprop internacional, assaltante e guerrilheiro, assecla de Marighella e íntimo de ditadores, com o cinismo peculiar das esquerdas quando chegam ao poder, declarou recentemente à jornalista Ana Paula Padrão:



“Em outros momentos - eu me lembro - no tempo do regime militar, os serviços de repressão puderam desmantelar o PCB, o PC do B, a ALN, a VPR, o MR-8. Será que não podem dar conta desses criminosos que hoje fazem seqüestros relâmpagos e esse tipo de ação?”



Poder, podem, Mateus. O problema é que quando estes grupos são desbaratos, os criminosos viram ministros.



Não menos interessante é ouvir Fernando Henrique condenar seqüestros. Logo Fernando Henrique, que humilhou a nação ante uma sórdida campanha na imprensa internacional financiada por uma rica família do Canadá e avalizou a libertação de seus filhinhos seqüestradores, condenados pela Justiça a quase três décadas de prisão.



Lula, o tetracandidato, foi correndo solidarizar-se com o entourage da vítima e participou de uma marcha pela paz. José Genoíno fala em Rota nas ruas e prisão perpétua. A multidão de petistas que acompanhou o enterro do prefeito pede pena de morte. Um programa de segurança do PT assume um projeto novayorquino e neoliberal, a tolerância zero. Quem empunhava estas bandeiras há questão de dois anos? Paulo Maluf, qualificado como fascista por empunhá-las. Acontece que as eleições estão aí e é preciso entrar em sintonia com o que eleitor pede.



Por ocasião do seqüestro de Abilio Diniz, outro era o discurso do tetracandidato. Apressou-se em intermediar as negociações entre seqüestradores e polícia, de modo a garantir a integridade física, não do empresário, mas ... dos seqüestradores. Fernando Henrique Cardoso, mais seu ministro da Justiça na época, José Gregori, mais a Igreja, o PT e entidades ligadas aos famigerados Direitos Humanos empenharam-se com afinco na libertação dos canadenses. Quando o governo de um país, o líder da oposição e mais a Igreja lutam pela libertação de seqüestradores, qual mensagem recebe o grande público? Só uma: seqüestro pode render lucros e permanecer impune.



Talvez o leitor contemporâneo já nem lembre, mas foram as esquerdas que introduziram no Brasil esta modalidade. Em nome de utopias assassinas, começaram a seqüestrar aviões e diplomatas. Dialogavam não com pessoas, mas com Estados. Curvem-se as nações ante o Brasil: seqüestro de aviões tem patente tupiniquim, é achado genuinamente nosso. No curto período em que estiveram na prisão, os seqüestradores exerceram uma função didática, ensinando suas técnicas aos presidiários de direito comum. E agora se queixam do progresso dos alunos.



A tolerância das esquerdas com o seqüestro sempre foi óbvia, pelo menos até a semana passada. Alguém ouviu algum dia o PT condenar as FARC colombianas, que fazem do seqüestro sua estratégia privilegiada de obtenção de fundos? Eu nunca ouvi. O que vi, isto sim, foi o governo petista gaúcho receber com tapete vermelho um bandoleiro das FARC. Que, não contente em ser recebido quase com dignidade de chefe de Estado, andou fazendo palestras em escolas Brasil afora, em comunidades administradas pelas esquerdas.



Os seqüestros do passado não constituem crimes para estes senhores. Neste insólito país, onde os derrotados escrevem a história presente, são tidos como atos heróicos e patrióticos. Até mesmo crimes horrendos tinham nobres conotações. As vestais que hoje se chocam com a execução brutal de Celso Daniel, não manifestaram horror algum ante outra execução também brutal, a daquele infeliz soldado que Lamarca executou, prisioneiro e indefeso. Ninguém, nas esquerdas, pediria prisão perpétua ou pena de morte para o assassino de um companheiro de armas. Pelo contrário, Lamarca hoje está instalado na galeria dos Vultos da Pátria, gozando do mesmo status de um Tiradentes. Ninguém, nas esquerdas, foi prestar solidariedade à família do soldado morto. Mas há projetos de impor aos currículos escolares a vida e obra deste santo homem, capitão Carlos Lamarca.



O pensamento de esquerda criou um caldo cultural onde criminoso não é mais criminoso, mas vítima. Onde invasor de terras é herói e o proprietário que as defende é bandoleiro. Onde Luis Carlos Prestes é beato e Che Guevara vira santo.



São chegados os dias de colheita.



TERRORISMO NUNCA MAIS





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