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Cordel-->SABEDORIA POPULAR - 1ª PARTE -- 04/06/2003 - 11:22 (José de Sousa Dantas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SABEDORIA POPULAR - 1ª PARTE
Ditados metrificados
José de Sousa Dantas, em 04/06/2003

O ditado popular
é fruto da experiência,
adquire consistência,
para o povo utilizar,
meditar e respeitar,
pela fundamentação,
ficando à disposição,
pra consulta a vida inteira,
uma fonte verdadeira,
para toda a geração.

Quem avisa, amigo é,
Quem é bom já nasce feito,
Somente Deus é perfeito,
A esmola grande até
santo ou cego não tem fé,
A riqueza pra valer
é saúde e é saber,
Um pouco de senso e tento
vale um muito de talento,
O mundo ensina a viver.

Quanto maior o coqueiro,
maior o tombo do coco,
O foguetão dá pipoco;
Quem quer um bom conselheiro,
consulte seu travesseiro,
Deitar cedo e cedo erguer,
dá saúde e faz prazer,
Bom conselho desprezado,
há de ser muito lembrado,
Saber, querer, é poder.

É melhor não cutucar
onça com a vara curta,
Cara de gato que furta,
Quem desdenha quer comprar;
Não adianta chorar
sobre o leite derramado,
Quem nunca comeu melado,
quando come se lambuza,
Quem disso cuida, isso usa,
Achado não é roubado.

Não há nada tão antigo
que não tenha sido novo,
Vem de Deus a voz do povo,
Quem dá o pão, dá castigo,
Nem todo irmão é amigo,
mas todo amigo é irmão,
Nem sempre vence a razão,
De prudência é não querer
o que não se pode ter,
O céu não é perto não.

Quem tem pressa come cru,
Quem não deve nunca teme,
Cabrito que é bom não geme,
Evite andar com pé nu,
Morre de véspera peru,
Periquitos numa espiga
ou tem fuga ou vai ter briga,
Onde um come, os dois comem,
Mulher que brinca com homem
depressa empina a barriga.

Pretensão e água benta,
cada qual toma o que quer,
Homem gosta de mulher,
Mulher de cabelo e venta,
nem o diabo agüenta,
Quem ama mulher casada,
a vida está emprestada,
Espera o desesperado,
Duro é deixar o usado,
Antes pouco do que nada.

Pelo andar da carruagem
logo se vê quem vai nela,
A quem zela se revela,
Desgraça pouca é bobagem,
O perigo é pra coragem,
Quem canta não assobia,
Em amor e valentia,
quem mais ronca, menos faz,
Dois é bom, três é demais,
Casamento é loteria.

A alma não tem segredo
que a conduta não revele,
O lobo muda de pele,
Claridade espanta o medo,
Faca corta pão e dedo,
Não cai do céu o dinheiro,
O dinheiro não tem cheiro,
A ignorância e o vento
são de grande atrevimento,
O tempo é bom conselheiro.

Mais vale um pardal na mão,
do que um pombo voando,
Confiar, desconfiando,
Tem limites a razão,
mas a vaidade não,
Quem pergunta quer saber,
Se há comer, há prazer,
Às vezes é mais caro o dado,
Guardado está o bocado
para quem há de comer.

Quem tem boca vai a Roma,
O tempo faz sua cor,
Quem luta é trabalhador,
Não se enrola, não se embroma,
Toda essência tem aroma,
Saiba quem guarda com fome,
vem o gato, logo come,
Melhor deitar sem comer
que levantar a dever,
A multidão não tem nome.

Velhice é mal desejado,
Se a juventude soubesse,
se a velhice pudesse,
O herdado ou o ganhado
é sempre menos cuidado;
O que mais jura, mas mente,
Cunhado não é parente,
O hábito não faz o monge,
Devagar se vai ao longe,
Mão fria, coração quente.

O mundo não tem porteira,
Bem estou com meu amigo,
que come seu pão comigo,
Pouco a pouco sem canseira
saúva péla a roseira,
A vida ensina a viver,
Abre um olho pra vender,
abre dois para comprar,
É doce de recordar
o que foi duro sofrer.

O zunido do mosquito
só serve para irritar,
O mandar não quer ter par,
No amor, feio é bonito,
Dê-se o dito por não dito,
Caminha pela estrada,
que encontrarás pousada,
Fraqueza não é um vício,
mas leva a um precipício,
Preguiçoso não faz nada.

Quem deve não tem razão,
Um grão não enche o celeiro,
mas ajuda o companheiro,
Ladrão que rouba ladrão
tem cem anos de perdão,
O pecado confessado
está meio perdoado,
Mulher formosa e laranja,
em todo canto se arranja,
Quem é visto é mais lembrado.

Empregado bem mandado
come à mesa do patrão,
Terra boa dá bom pão,
Todo gato é escaldado,
pisando em solo molhado;
Ninguém seria vendeiro,
não fosse pelo dinheiro,
Não há nada tão pequeno,
que não possa ser veneno,
A fome é o melhor tempero.

Passam depressa demais
primavera e mocidade,
Quem parte, deixa saudade;
Boa romaria faz
quem em casa fica em paz,
Bem que se faz por favor
nem dura nem tem valor,
Cada um vê mal ou bem,
conforme os olhos que tem,
Deus é bom trabalhador.

Quem não olha para frente,
fica lerdo para trás,
Só não erra quem não faz,
Se o coração tá contente,
é uma festa permanente;
O dinheiro compra pão
mas não compra gratidão,
O trabalho é amargoso,
mas dele o fruto é gostoso,
Mente sã em corpo são.

Impossível é DEUS pecar,
Entre a honra e o dinheiro,
o segundo é o primeiro,
A arte de agradar
é a arte de enganar,
O bem é mal conhecido,
enquanto não é perdido,
Lenha verde e demagogo,
muito fumo e pouco fogo,
O prometido é devido.

Cada doido, uma mania,
Cadeia é lugar de preso,
Palavras raras têm peso;
No meio da travessia,
não se troca romaria,
Na base de língua e dedo,
nenhuma mulher faz medo,
Entre a feia e a formosa,
escolhe a mais prestimosa,
Quem é coxo, parte cedo.

Pensar bem pra dizer não
e mais pra dizer um sim,
Água ruim, peixe ruim;
As palavras boas são,
se assim for o coração;
Um amigo de verdade
chega na necessidade,
Se queres viver em paz,
tuas portas fecharás,
O amor não tem idade.

Onde há riso, há esperança,
Desejo e satisfação,
só raro de acordo estão,
Raposa na governança,
não há frango em segurança,
Ovo de cobra não gora,
O tempo tudo devora,
Mocidade ociosa
faz velhice vergonhosa,
Só quem sabe faz a hora.

Filho de peixe é peixinho,
Amor com amor se paga,
A longa canção é saga,
De raminho em raminho,
passarinho faz o ninho;
Quem furta pouco é ladrão,
quem furta muito é barão,
Ninguém perde o que não tem,
Quem nasceu pra ser vintém
nunca chega a ser tostão.

Quem não tem cu de fiança
não pode comer pitomba,
Preocupado não zomba,
Quem espera sempre alcança,
Quem pesa bem é balança;
A fiar e a tecer
ganha a mulher o comer,
Tudo o que a musa canta
valor alto se levanta,
É preciso ver pra crer.
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