b>Clic"ali==>>> A tese da Perversidade
Dos três séculos recentes
a história nos revela
como crescem certos entes,
pelos quais cidadão zela.
Investidas progressistas
vieram numa seqüência:
primeiro, as civilistas,
querendo independência.
Expandir bem o sufrágio
era sua grande meta,
tirar do voto o ágio
que cobravam do proleta.
Políticas, em seguida:
os métodos democráticos
dariam boa guarida
contra governos fanáticos.
Seguridade social
e leis para assistência,
também foram, no formal,
propostos com insistência.
Nesta ordem, as propostas
induziram na carcaça
vários tipos de respostas
como tese da ameaça.
Direitos e liberdades
tidos como avançados
seriam prejudicados
pelas tais modernidades.
De cano duplo armavam
argumentos aferidos,
e com eles receavam
novos entes inseridos.
Democracia traria
a perda da liberdade,
Bem Estar provocaria
fim da estabilidade.
O Plano Marshall ignorou
as "ondas" reacionárias,
com os entes avançou
para assistir os párias.
A igualdade nascia
com o sufrágio global,
a liberdade se lia
por "direito natural",
nobre, participativa,
sendo, assim, positiva,
ou pobre e destrutiva,
vista como negativa.
Ampliar a igualdade,
cidadania ativa,
feria autoridade —
liberdade negativa.
Participar das matérias
políticas e sociais
alargava as artérias
positivas, liberais.
A grande dicotomia
que entre gregos se deu,
dividiu cidadania
qual estam"e gineceu:
Pros antigos, liberdade
era à polis deixar
cuidar com intensidade
dos temas pra reformar.
Pros modernos, no entanto,
era poder ter um culto,
espaço pra acalanto,
pensar, e vendas de vulto.
Dessa tal dicotomia
a tese da ameaça
de muito se valeria
pra moldar sua mordaça.
cLIC"ALI==>>>A tese da ameaça IV
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