SONETO DE AUTO-RETRATO
Eis meu corpo branco, fresco, belo
de porcelana carne tenra e lasciva
para te inspirar ONAM em teu castelo
da forma que mais gostas: altiva
Roliças coxas, seios intumescidos
quando suga-os de modo louco, inteiro
e tua língua cálida e os sentidos
retiram-me do chão, erótico outeiro
E no périplo lingual vais à vagina
perscrutar um prazer que nunca houvera
mas que invade, sitia e alucina
Desde a aréola tatuada até os pés
passando no clitóris, púbis, uma hera
crescente, malgrado esse veraz revés.
WALTER DA SILVA
Intemporal.
Olinda, Pernambuco.
Inserido em “OS RITOS DA AURORA” ®
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