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Cartas-->Para Milene Arder -- 13/04/2001 - 01:55 (Fernando Tanajura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Milene,

Já havia lido o texto sugerido por você e é bem visto que as informações foram copiadas de algum sítio. A tal pessoa, com a sua licença, não tem uma biblioteca tão completa à sua disposição em casa e, se a tivesse, ou tivesse lido tudo isso, teria outra cabeça. Na labuta dos dias atuais, poucos têm a chance, no final de um trabalho árduo e honesto, de consultar tantas obras com tantos detalhes, tampouco têm tempo de visitar alguma biblioteca. Posicionei-me na hora certa. Certamente não vou ficar repetindo a mesma coisa. Não é minha intenção ficar trocando correspondência nem incrementar picuinhas para alimentar egos doentios. Quero estar longe desses sonhos, pesadelos e chás das 5. O que me admira mais nas pessoas é a mudança de estilo e de comportamento - isso me fascina porque um ser vivo é um ser mutante, mas, ao mesmo tempo, me intriga porque isso revela uma inconstância de certos caracteres. Eu tenho coisa melhor que fazer nesta e na outra vida. Não vim para este mundo para analisar comportamento de ninguém.

Quanto aos pensamentos de Oscar Wilde tenho outros mais para colocar no Quadro de Avisos. Ontem mesmo à tarde coloquei um e hoje coloquei três. Alguns são muito bons e inteligentes. Que cabeça o cara tinha! Mesmo depois de um século de sua morte ainda é verdadeiramente polêmico, não como muitos se acham e se arvoram em se auto-denominarem de, mas realmente polêmico no sentido da palavra, que mexe com a cabeça dos outros. Existe muita gente que afirma: "eu sou polêmico", mas nada mexe com a cabeça de ninguém, porque nada está dizendo de novo, ou que intrigue. Acho que "polêmica" é quando você realmente mexe com o cérebro dos outros, não pura e simplesmente porque chama atenção a qualquer custo. Enfim, cada um tem um pensamento diferente das coisas. Agora, censura comigo não. O AI-5 já o vivi. Ditadura intelectual civil é o pior dos males, é um câncer realmente incurável. Insconsciência de cidadania também é uma doença. Desconhecimento dos seus limites é como caminhar à beira do abismo. Felizmente eu escolhi para viver os meus dias bem pertinho da estátua da Liberdade. O gozado é que as pessoas assumem coisas que a gente é ou não é: isso ou aquilo, rotulando os outros como simples produtos de supermercado barato sem ao menos conhecer ou saber quem está atrás da telinha do micro. Assim embarcam numa viagem de insana loucura. Assim também vão formando suas famas, não de escritores, pensadores, intelectuais, pessoas de retidão, mas de instigantes, doentes mentais, imbecis, incompetentes, preconceituosos, donos de uma razão inexistente num mundo em que precisamos tanto de compreensão e tolerância. Será que essas pessoas viveram ou estudaram as revoluções dos anos 60 e 70 para saber dos significados de posicionamentos de direita ou de esquerda no ano 2001? Será que elas sabem o que foi o movimento da liberação sexual desse mesmo período e todas as conseqüências nos anos 80 e 90? Para mim, essas discussões e tudo isso é passé. A explosão de agora é a do recato, do sexo seguro, da pureza do corpo e do espírito, do namoro, da monogamia e de tantas outras coisas que levam a gozos também deliciosos. A AIDS, a sífilis, a gonorréia e outras doenças transmissíveis pela relação sexual inconseqüente estão aí presentes entre tantas outras doenças a explicar o porquê do comportamento mais saudável. Está tudo aí na cara de cada um e não querem ver. Eu já perdi muitos amigos e amigas porque não quiseram ver isso a tempo. Outros tantos estão enfermos ou em fase terminal. Já troquei diversas agendas de telefone por riscar tantos nomes que já se foram. Fazer apologia ao sexo inconseqüente e ao uso de drogas, no meu ponto de vista, é uma incitação criminosa e doentia. Quer fazer tudo isso, que faça, o arbítrio é livre, mas não glorifique tal comportamento. Não sou eu quem vou ensinar essas coisas a ninguém. Cada um que descubra por si mesmo no Louvre ou no Moulin Rouge, no British Museum ou no Prado, no Metropolitan ou na Lapa do Rio, em Itapuã ou Itaparica, na Índia ou na China, ou em qualquer parte do mundo onde vivem ou escolheram para viver sua vida. Encurtando a história: vivemos em sociedade e temos que aprender a conviver com ela, respeitando os pensamentos, os espaços e os direitos dos outros. Desabafei contigo e continuar falando do assunto é tocar na mesma tecla. Não vale a pena empenhar mais tempo. Como se diz na gíria: canta pra subir que o espírito é das trevas. Eu sou de paz e luz.
Bjs
F.

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