É quando vem essa explosão desgraçada,
quase uma ejaculação de sofrimento.
É quando a minha carne está mais torturada
e eu mais exposto à ação dos ventos.
É um desespero subempregado
sem horário, sem chão, sem pensamento.
É a mais inútil pneumonia,
a hemorragia mais tola.
É quando não resta nenhuma chance de alegria
e eu não tenho mais escolha.
Meu silêncio diferente,
minha forma estranha de permanecer calado.
É comum nos mais absurdos dementes
e não leva a nada, ou tem destino ignorado.
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