Homilia natalina de Padre Bidião Boa noite, hoje estamos aqui para celebrar a chegada do filho de José, o carpinteiro do mundo. Aquele que nasceu com uma missão de fazer os fariseus enxergarem o sistema daquela época em que César era de César e o povo, vivia do pescado do Mar da Galileia para seu sustento. Ou seja, a economia local da época era o vender peixe. Ao longo dos tempos, quando o filho do carpinteiro questionou sobre as sandálias dos fariseus e a diferença peculiar que havia em relação às sandálias dos pescadores, quando questionou o porquê das diferenças serem desrespeitadas, quando não julgou Maria Madalena, quando afirmou que seria mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha do que qualquer doutor das Leis farisaicas e dos cobradores de impostos de César, foi odiado. A origem do ódio é bíblica, não trata-se de fato recente. Mas havia fake knews sim, embora não conta -se com a tecnologia atual. Por isso, o filho do carpinteiro foi crucificado. Sua mãe, Nossa Senhora, resolveu penhorar sua dor e ciente ficou que teria que carregar a cruz junto ao Filho. Nossa Senhora representa o grau máximo onde se atinge a perfeição humana, aceitando e se arriscando ser apedrejada sob as leis da sociedade sempre hipócrita. José, o carpinteiro, era assim conhecido não à toa, mas sabia que a humanidade precisava ser trabalhada tal qual uma madeira rústica. A família natalina, na essência Cristo está em falência nos dias atuais, onde o que importa é a ceia, a troca de presentes, o desfile de modas e a farsa de uma felicidade momentânea proporcionada pelo mundo capitalista a estimular o consumo desenfreado. Então, busquemos refletir sobre o sentido do Natal fora desse contexto capitalista que fizeram meus paroquianos envolver -se de tal maneira, que assustado fiquei. Percebi, como sacerdote que a filosofia Bidiônica está mais próxima do humano do que da humanidade. Voltemos para casa e vamos refletir o sentido do Natal. Palavra da Salva Ação! Vão todos à paz! Padre Bidião Marcos Palmeira
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