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Artigos-->Balanço Anual da Usina de Letras - Leitura Recomendada -- 29/01/2002 - 16:50 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BALANÇO ANUAL DA EMPRESA USINA DE LETRAS

ANO BASE 2001 – EXERCÍCIO 2002



Considerações preliminares dos senhores acionistas e usuários da Usina de Letras



Mais um ano, ou menos um ano que passou? Não se sabe ao certo, até que se conclua este demonstrativo das operações realizadas pela empresa, durante o exercício a que se refere, o ano base de 2001. Entretanto, há que considerar, de imediato, o uso do conceito ou entendimento corrente de que, na média, se o ano que passou tiver sido considerado positivo, poderemos afirmar, desde já, que 2001 foi mais um ano que passou. Ao contrário, se a média encontrar resultado negativo, 2001 será considerado como menos um ano que passou. Ou seja, neste caso, e em tese, estaremos considerando o ano de 2001 como negativo, como um ano perdido, e assim ele terá a conotação de menos um ano que passou. Isto significa dizer que perdemos um ano, e se o perdemos, será menos um ano que passou.



Feitas estas considerações preliminares, passemos ao nosso trabalho “contábil” sobre a empresa Usina de Letras.



Em primeiro lugar, sendo uma empresa de caráter eminentemente social, e não meramente econômico, o balanço e o resultado de suas atividades em 2001 caminhará no sentido de dar ênfase aos aspectos de ordem psicológica, no nível individual de suas atividades e, sociológica, no âmbito da abrangência do seu raio de ação, ou seja, a sociedade como um todo.



O principal produto da empresa em tela é todo voltado para a elaboração, produção e divulgação de farto e diversificado material literário, produzido a partir de sonhos, utopias e realidades, individuais e coletivas, vivenciadas ou não. São produtos, portanto, que permeiam a realidade e os sonhos de cada indivíduo, tanto aqueles que participam diretamente do processo de produção, como aqueles que consomem tais produtos, os nossos leitores, críticos e eventuais admiradores.



Na fábrica de sonhos, realidades e utopias há todo um encadeamento de relações interpessoais entre os profissionais ou amadores que ali labutam no dia a dia de suas produções literárias. A partir da observação destas relações entre os trabalhadores da fábrica, podemos inferir algumas conclusões acerca do perfil psicológico e sociológico de cada participante, de cada grupo formal ou não, bem como do perfil de toda a equipe de operadores do sistema, o que nas traça a determinante psicológica e sociológica da empresa.



Sobredita observação não exclui, evidentemente, a necessidade de analisar todo o conjunto de expressões e informações intercambiadas e ocorridas, quase que diariamente, entre os partícipes, e que são registradas no Quadro de Avisos, nas entrelinhas dos textos literários produzidos e divulgados nos vários endereços, sob a forma de artigos, crônicas, poesias, ensaios, cordel, erótico, frases, humor, contos e, principalmente, no endereço denominado “CARTAS”, para onde são direcionadas as relações com maior carga de emoção identificadora da personalidade e do caráter de cada qual.



Desse modo, a primeira conclusão a que se chega é que, a despeito de o trabalho ser todo realizado em sistema de rede interligada à internet, onde não há, pelo menos em grande parte, interação física entre os operários das letras, podemos traçar o retrato “falado” de cada participante, bem como prever, com grande chances de acerto, o perfil psicológico e sociológico de cada usineiro. É engano, portanto, pensar que à sombra do esconderijo do anonimato, as pessoas possam enganar, por muito tempo, muitas outras pessoas. Até porque, inexiste anonimato para a nossa consciência. E ela, com certeza, falará sempre mais alto, na hora em que for devidamente provocada. E nesta hora, a partir da espontaneidade da ação, seguida pela autenticidade da formação do juízo e do pensamento, veremos fluir a verdade em cada palavra ou frase que é dita pelo,até então, suposto anônimo, que passa a confessar-se, digamos assim, diante da evidência dos fatos escritos, que verdadeiramente é, como pessoa, como gente, com ser pensante.



Assim, durante o exercício de 2001, e em relação ao corpo de “trabalhadores” ou de “colaboradores”, como queiram, notamos que há no grupo grande quantidade de elementos que necessitam, apenas, de um pouco mais de treinamento e experiência para desenvolverem, de uma forma mais solta, suas habilidades literárias. Com o tempo, temos certeza, haverão de chegar lá. Persistência, é tudo que lhe indicamos.



Há, também, obviamente, companheiros bem preparados. Alguns especializados em algumas áreas, como o Cordel e a Poesia, que fazem com perfeição produtos de rara beleza e qualidade, valendo-se do domínio quase que total da estrofe simples e composta, dos versos monossilábicos, passando pelos trissilábicos, até os dodecassilábicos, dominando a rima e o acento, a harmonia e o recado contido na arte poética. E há, também, os articulistas, os contistas e os cronistas, de todos os temas e de todas as cores.



Mas há - felizmente a minoria -, aqueles que necessitam mais do que treinamento para o trabalho a que se propõem. Necessitam de rever suas posições e seus valores como cidadãos e, sobretudo, pessoas. Que precisam ter a noção do limite, principalmente, quando se convive em grupo. Nesse grupo estão os pichadores que preferem “aparecer” através da poluição visual escrita. Podemos identificá-los no Quadro de Avisos, no endereço “Cartas”, nas coisas que escreve e nas coisas que não escrevem, nos e-mails malcriados, desmedidos e desrespeitosos que nada lhes acrescentam em termos de crescimento como pessoas, ceifando-lhes as oportunidades de angariar melhores conhecimentos, retificar valores e crenças e, o que é mais importante, aumentar a relação de amizade, a primeira condição para fazer deste mundo um lugar melhor de se viver. Mas, enfim, são acidentes do trabalho e, como tal, devem ser tratados. À luz da compreensão, da tolerância e do esforço que pudermos fazer para melhora-los e trazê-los para o nosso convívio.



E há, finalmente, como, aliás, ocorre em qualquer empresa, os grupos informais, que criam seu próprio mundo, como se fosse possível viver de forma isolada do restante do grupo. Há, também, os mais e os menos vaidosos, os egoístas, estes que só se preocupam consigo mesmo, não presta atenção ao que acontece à sua volta, não colabora, para ele não existe mais ninguém ou nada, se não tiver seu nome envolvido na história. Há os humildes, os tímidos, os bem humorados, os de mau humor, os que soltam veneno pela boca, e o pior deles, ao meu ver, aquele que não sabe, que pensa que sabe, e não procura aprender mais nada para melhorar como pessoa e como profissional. Assim é o perfil geral dos recursos humanos colocados à disposição da empresa Usina de Letras.



Dos Resultados



Podemos afirmar, que durante o exercício de 2001, nossa produção literária ficou próxima da casa dos 48.000 textos publicados. Uma boa produção, se considerarmos que há textos para todos os estilos, gostos e temperatura. Textos muito bem escritos, de excelente qualidade, como há, também, a bem da verdade, aqueles que, nitidamente, foram elaborados por funcionários estreantes, que ainda têm um longo caminho a percorrer, até que possam produzir sem supervisão industrial.



O sistema operacional da empresa, o site, foi muito bem concebido. É fácil, prático e possui quase todos os recursos para atender aos objetivos a que se propõe. Entretanto, no mundo moderno e dinâmico de nossos dias, a empresa tem que investir, constantemente, em mudanças. Por isso, foi feita uma reavaliação do sistema, num imenso trabalho de grupo, que resultou na minuta de uma proposta de mudanças que será encaminha à direção da empresa Usina de Letras, para serem implementadas, objetivando a constante melhoria do sistema.



O resultado, portanto, deste balanço anual, foi positivo. E, desse modo, o ano de 2001, foi mais um ano que passou. Esperamos que 2002 possa ser ainda melhor. Com as mudanças que, assim esperamos, sejam implementadas. E que os usuários do sistema Usina de Letras façam uma reflexão sobre si mesmo, reflexão bastante sincera, com ou sem ajuda de algum amigo ou conselheiro específico, a fim de detectar eventuais falhas de ordem pessoal e tentar mudar para melhor.



Conforme combinado, e amplamente divulgado, amanhã concluiremos a minuta definitiva de proposta de mudanças e a encaminharemos para os responsáveis pelo site. Consideramos o silêncio a respeito, por parte de alguns colegas, como aceitação prévia das mudanças propostas. Obrigado a todos e abraços.



Domingos Oliveira Medeiros

29 de janeiro de 2002

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