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Poesias-->As folhas do jardim -- 25/11/2002 - 20:50 (Antonio Carlos Garcia Pezente) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




As folhas do jardim



O sono vem, e aos poucos um sonho se esboça.

O rosto velho reage com um rápido sorriso.

Há ventura em seus lábios!

Sinto vergonha.

É necessário calar a voz de escárnio

que vem do peito.

Sorri!

Mas, sorri assim de olhos fechados,

com o corpo no leve abandono da ilusão.

Sorri!

Mas, discretamente, para não me soltar

a mola da piedade.

Os lábios evaporam-se no vento leve de outono.

A figura não mais existe.

Em seu lugar, no banco, há um vazio.

Vento leve de outono,

acaricia o mármore perpétuo

de tua felicidade.

Vento, sorri para a pedra.

Restaram apenas os dois.

Quem sabe sobe a mesma árvore?

Quem sabe no mesmo jardim?

O velho, num estremecimento, acordou,

olhou ao seu redor, e com um gesto vago

levantou e se foi.

O vento sorri para a pedra:

Existem ainda muitas folhas para cair...



Pezente.

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