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Artigos-->Um padre sem papas na língua -- 12/04/2010 - 21:38 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








Um padre sem papas na língua



Apareceu na rede um padre, Paulo Ricardo, falando do Decreto dos Direitos Humanos, que o Lula disse que assinou sem ler. Leiam vocês, então, a fala do sacerdote. É coisa brava.

“Nós vivemos um tempo de graves e sérias mudanças no nosso país. Já no apagar das luzes do ano de 2009, o presidente da república assinou um decreto de um plano de desenvolvimento dos direitos humanos. O Decreto é muito extenso, várias páginas, o português é jurídico, difícil de leitura. Mas, o que o Decreto faz é o seguinte: ele cria duas categorias de cidadão. Existem agora, a partir do Decreto de Sua Excelência, o presidente, dois tipos de brasileiros: aqueles que podem ser funcionários públicos e não são cristãos e aqueles que são cristãos e são cidadãos de segunda categoria. Essa é a conseqüência desse Decreto. O Decreto quer colocar algemas nos cristãos e tornar o cristianismo nesse país, praticamente, ilegal. Porque através desse decreto, nenhum funcionário público pode ser contra o aborto; nenhum funcionário pode ser contra o casamento de pessoas do mesmo sexo; nenhum funcionário público pode ser contra invasões despropositadas de terra; nenhum funcionário público pode ser contra a lei e, aquilo que é a política do governo, de retirar de todos os locais públicos símbolos religiosos. Esse Decreto, do presidente da República, cria cidadãos de duas categorias: aqueles que poderão ser funcionários, se forem cristãos, serão cristãos com as mãos atadas, cristãos de amarras, algemas, mordaça. O senhor presidente da República decretou que ninguém pode ser cristão e servir este país. A gravidade desse Decreto, a gravidade desta decisão, não está minimamente à altura do barulho que nós ouvimos na mídia, e do barulho que nós ouvimos feito pelos senhores bispos do Brasil, que graças a Deus estão protestando, mas não estão protestando com a veemência que deveriam protestar. Estamos vendo a instauração dos pressupostos de uma futura ditadura. Para que haja uma ditadura é necessário que haja uma nomenclatura, ou seja, um grupo de burocratas fidelíssimos que implantem essa mordaça na população. É assim que se faz uma ditadura. É necessário que a Igreja Católica erga a sua voz contra esta infâmia que clama aos céus. Se algum padre ou algum bispo pretende ser prudente e guardar o silêncio eu não guardarei. Porque não quero entrar para a história como os bispos que, covardemente, não levantaram a voz quando Hitler começou a governar a Alemanha em 1933. Meus irmãos, Hitler foi eleito democraticamente. E levou seis anos para que ele, finalmente, fizesse um ato de guerra e invadisse a Polônia. Durante esses seis anos, enquanto ele ia tomando o poder gradualmente e abolindo a democracia na Alemanha, pouquíssimos foram os bispos, valorosos, tementes a Deus, que ergueram a sua voz para protestar contra este tipo de desmando. Não estou acusando o senhor presidente da República de genocídio nazista e nem de ser outro Hitler. Eu só estou fazendo um paralelo na história, e dizendo que é vergonhoso que bispos e padres não estejam à altura de seu povo e de suas ovelhas, e não levantem a voz quando a falta de respeito pela população brasileira se torna clamorosa, infame, desavergonhada. Noventa e quatro por cento dos brasileiros são contra o aborto. No entanto, essa corja de patifes que nos governa, quer a todo custo implantar o aborto, custe o que custar. Tentaram através de lei no Congresso, não conseguiram. Agora, então, tentam através de decreto, para que, então, só haja funcionários do governo que se calem, amordaçados. E sejam punidos com atos administrativos, aqueles que não seguirem a cafajestagem desta tirania que está abolindo com a democracia no Brasil. Meus irmãos, é necessário que nós, cidadãos e cristãos, não fiquemos indiferentes. Eles irão repetir a ladainha de sempre de que a nossa religião é um fato privado e que ninguém deve usar a sua religião para colocar as políticas públicas. O problema é o seguinte: o ateísmo também é uma atitude religiosa, o ateísmo também é uma religião, o ateísmo também é uma forma de se relacionar com o fato religioso. Uma minoria de ateus, desavergonhados, querem amordaçar a maioria dos cristãos deste país. Eles dizem que ficam ofendidos com a presença de crucifixos nos nossos tribunais, e eu digo que fico ofendido com uma parede vazia no tribunal. Porque uma parede vazia num tribunal é também uma atitude religiosa. Porque, viver como se Deus não existisse, também é uma atitude religiosa. Porque impedir os cristãos desse país, de longa tradição cristã, cinco séculos de cristianismo, de manifestarem publicamente a sua religião, porque um grupelho de ateus imorais não querem ver a nossa piedade e a nossa religião, é simplesmente inaceitável, é algo diante do qual nós não podemos nos calar. Como pastor de almas, eu preciso dizer isto. Eu preciso dizer que não irei me calar, diante de uma política do governo que quer implantar o aborto, custe o que custar, porque eu não quero carregar na minha consciência, a mortandade de milhões de crianças que se seguirá a esta política genocida. Como pastor eu devo erguer a minha voz contra um governo que quer, a todo custo, equiparar o casamento heterossexual, único e indissolúvel, a uma união de pessoas do mesmo sexo. Isto é uma afronta, isto é um insulto. Nós não podemos dizer que o ato sexual homossexual tem a mesma dignidade do ato sexual do ato heterossexual. Meus irmãos, todos nós nascemos de um ato sexual heterossexual, da união de homem e de uma mulher. Todos nós devemos à santidade e à grandeza do sexo entre um homem e uma mulher a nossa existência. O que é que um homem com um homem podem produzir, além de excrementos? O que é que uma mulher com uma mulher podem produzir? Absolutamente nada. A esterilidade desses atos sexuais não pode ser equiparada à grandeza e à fertilidade dos atos que Deus quis e planejou, que é o ato entre um homem e uma mulher. E a Igreja Católica não pode, não deve e, se Deus quiser, não irá se calar diante desta perversão. Nós não estamos querendo colocar nenhum homossexual na cadeia, como eles, aliás, querem ME colocar na cadeia. E a você também, se você abrir o bico. Porque já existe no Congresso, tramitando uma lei, PL 120 (122) que pretende punir como crime inafiançável qualquer ato de discriminação contra pessoas que advogam o sexo com o mesmo sexo. Eu não quero colocar nenhum homossexual na cadeia. Enquanto houver sociedade cristã, os homossexuais continuarão tendo o direito civil de terem as relações sexuais que quiserem. Mas, por favor, não queiram calar a nossa boca e não queiram nos obrigar a achar tudo isso muito bonito e decente. Uma coisa é um crime, outra coisa é um pecado. O homossexualismo não é um crime, mas é um pecado, porque não está no projeto de Deus, porque Deus não o quis. Todo homossexual, enquanto os valores cristãos guiarem o nosso país, todo homossexual terá todo o direito de sê-lo. De ser homossexual o quanto quiserem, e de fazer os atos sexuais que quiserem, mas não queiram que os elogiemos por isto. Não queiram que nós achemos tudo isto muito santo e decente, porque a palavra de Deus nos proíbe. Criminalizar esta minha opinião é criminalizar o cristianismo. Esta PL 120 (122) está simplesmente pretendendo criminalizar o cristianismo. Vocês sabem que já está em vigor essa realidade no nosso país, não através de lei, mas através de jurisprudência. Aconteceu em Fortaleza, que uma igreja evangélica quis, pagou e colocou outdoores na cidade, cartazes com versículos bíblicos e nada mais. Os versículos da Bíblia que dizem que o homossexualismo é um pecado. Simplesmente, abre aspas, a frase da Bíblia, fecha aspas, a citação. Só isso. Um grupo do Movimento dos Direitos dos Homossexuais entrou com uma ação contra esta igreja e o juiz mandou retirar os cartazes. Vocês sabem o que é isto? Isto significa que o cristianismo no nosso país já é um crime. Para alguns juízes já é um crime. Para alguns juízes, ter a opinião da Bíblia, é um crime. E assim eles vão instalando esse tipo de aberração no nosso país. Querem que nós aceitemos, o apoio total e irrestrito, destes grupos de facínoras que invadem as terras, e que tomam conta das áreas produtivas do nosso país, para não produzirem absolutamente nada. Esse bando de cafajestes, chamado MST, é o maior latifundiário deste país. E, no entanto, não produzem uma banana. Porque o que querem é simplesmente destruir a nossa sociedade. A eles não interessa minimamente a produção, a eles não interessa minimamente aquilo que seja a ordem, aquilo que seja uma democracia. Nosso governo, que exige de todos nós, todo o tipo de documento para sequer comprarmos, na farmácia ao lado, uma capsula de aspirina, não exige um documento sequer do MST para despejar milhões de reais nessa organização criminosa. Não sei se os senhores sabem, mas o MST não existe juridicamente, eles não têm sequer um CNPJ. Não existe a pessoa jurídica, não existe a firma MST. E mesmo sem, mesmo estando irregulares, eles recebem milhões de reais, todos os anos, do nosso governo. E o país, adormentado, assiste a instauração de uma ditadura, e a perversão da ordem do nosso país. Nós não podemos permanecer calados diante disso. Clama aos céus, este ato, que um presidente da República seja irresponsável o suficiente de dizer que assinou este decreto, sem ler, em qualquer país civilizado seria o suficiente para um impeachment para que ele já tivesse sido estromesso (expulso) do Palácio do Planalto. Que um homem assine um decreto desta enormidade e diga que nem sequer leu, é de uma cara-de-pau tão grande, que nós não podemos sequer sonhar com uma coisa dessas. Como, senhor presidente, o senhor não leu, se todas estas cláusulas que o senhor acaba de assinar estava no seu plano de governo, quando o senhor se candidatou pela primeira vez em 2002? Infelizmente nosso país elege presidentes não pelos seus planos de governo, elege presidentes pelas propagandas eleitorais. Propaganda aceita tudo. Propaganda se faz aquilo que se quer. Infelizmente, infelizmente, esta minha homilia não pode ser classificada como propaganda eleitoral para um outro partido. Porque infelizmente os outros possíveis e prováveis candidatos de outros partidos têm o mesmo desgraçado plano de governo. Nós podemos nas próximas eleições ir votar e eleger e escolher entre lúcifer, satanás, belzebu e o capeta. Porque tudo será, no final, a mesma coisa. Porque se o Lula defende isto, a Dilma também o defende, o Serra também o defende, e mais todo o resto da corja que quer se candidatar a presidente da República. Não existe partido. Não existe partido que numericamente seja representativo, que esteja realmente representando a opinião do povo brasileiro. Infelizmente, infelizmente os senhores congressistas, infelizmente os cargos que nós temos no Executivo e, infelizmente, também o Judiciário, estão todos pela ocupação de espaço, pela política de ocupação de espaço, estão todos alocados para pessoas revolucionárias, anticristãs, de esquerda. Esta a situação desse país. Esta é a nossa situação. Agora, não esperem os métodos de Hitler. Porque hoje em dia não se faz mais ditadura com derramamento de sangue. Hoje em dia as ditaduras são feitas por revoluções de veludo. Como esse decreto, que nós acabamos de assistir. As revoluções de veludo que vão, lenta e gradualmente, comendo os direitos democráticos, sem que sequer as pessoas notem isso. Sequer as pessoas estão notando a demência que é pedir de um funcionário público que ele professe a fé no credo do governo e no partido do governante. Isso jamais existiu numa democracia. Nós estamos sendo governados por uma ideologia que tem a sanha do poder. Eles não irão parar por aí, se nós, nós, não fizermos ouvir a nossa voz. Infelizmente, não existe nenhum movimento organizado para rebater isso tudo. Então, o que podemos fazer de concreto? O que podemo fazer agora, é abrir os olhos das pessoas para o que está acontecendo, para que um dia isso se torne um movimento. Para que isto um dia se torne um movimento de cristão e não cristãos, amantes da democracia que queiram deter esta raça de gente, esta raça de malfeitores que desgraçadamente nos governa. Que Deus tenha piedade do nosso país. Quero concluir esta homilia recordando,porém, a providência de Deus. Não para que fiquemos de braços cruzados, não é isso. Mas para que não nos desesperemos. Deus está conosco. E se Deus está conosco, quem será contra nós? Nós podemos e devemos articular a nossa ação política para que, como cidadãos, tenhamos direito de existir como cristãos. Meus irmãos, eu não estou fazendo campanha de nenhum partido político porque, infelizmente, eu os detesto a todos. Porque todos, todos, sem exceção, são cúmplices desta enormidade que nós estamos assistindo. Não estou dizendo votem em fulano, em beltrano e ciclano. Eu estou dizendo: vamos acordar! Deus está conosco. Deus é por nós. Mas se Deus é por nós, nós precisamos, também, ser por Deus. Deus está de nosso lado e nos defende. Mas nós também precisamos nos acordar e realizar atos corajosos e de protesto. Espero em Deus, Nosso Senhor, que padres e bispos do nosso país, lideranças leigas acordem para estes fatos e nós possamos, assim, em período breve, organizar marchas pela liberdade. Não a favor de nenhum partido político. Marchas pela liberdade, simplesmente dizendo que nós não estamos de acordo, a que os políticos no Congresso Nacional estejam simplesmente moucos à voz da população. Infelizmente, do outro lado, eles são bem informados, eles têm militância, eles têm constância, eles são aguerridos. Do nosso lado nós não temos militância nenhuma. Então, não adiante agora querer conclamar nada. Precisamos, primeiro, tomar consciência. Precisamos, primeiro, nos inquietar, para que, depois, uma vez que haja uma população inquietada, possamos fazer uma manifestação pública. Porque, se eles não ouvem a voz de Deus, a voz da moral, pelo menos a voz do voto de milhões de insatisfeitos, eles irão ouvir.”



Fonte: JÁ – Jornal de Ágora/Deu na net, Araras (SP), Domingo, 04/04/2010, página 9.





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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.








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