Como é negra a noite chuvosa,
O único ruído é a chuva lançando pingos,
Atirados em meu telhado,
Baleando o meu sono...
O vento uiva pelas frestas da minha janela,
É como se estivesse lançando no quarto
Um canto melancólico, sobre a má sorte,
Que atinge a mãe natureza...
O tempo levou o vento,
A cantar tão triste...
Foi na sua jornada,
Que ele presenciou queimadas,
Viu a morte surgir nas mãos,
Dos homens de gula,
Que abatiam a pauladas,
As focas de pele bonitas...
E presenciou um arpão,
Penetrar no corpo da baleia,
O mar vermelho em questão de minutos,
Agonizando a dor, assumindo a morte...
Entendo a chuva...
Afinal a mãe deve lavar,
Toda a sujeira que o filho faz...
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