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Cordel-->Cordel das Horas -- 18/05/2003 - 00:11 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No relógio do tempo derradeiro...

 

ALÉM DAS HORAS DO MEDO !...

 

As horas vão escorrendo
Pelas gotas dos minutos
Onde meus olhos enxutos
Sem lágrimas vêem sofrendo
O viço desaparecendo
Da flor de minha pele
À espera que se revele
O lento abrir de portas
No tempo das horas mortas
Em desesperado cordel.

As horas sabem-me a mel
Quando te leio as palavras
Que mesmo sendo amargas
São doces vertendo fel
E imagino o vergel
De teus lábios verdadeiros
Entre beijos derradeiros
Ao esplendor dos segundos
Tocando como dois mundos
Meus lábios tristes sequeiros.

Mês a mês... Anos inteiros
As horas vão-me adensar
Esta dor de ver murchar
Um sonho dos verdadeiros
Entre os sonhos passageiros
Que hora a hora alcancei
Mas este que inventei
Para nunca mais ter fim
Vai viver dentro de mim
A matar quanto sonhei.

Nos versos que desfiei
As horas deram-me a mão
Para tecer o cordão
Que entre anjos entrancei
Em arminho que criei
Da alvura imaginada
Na virgem nunca tocada
Pelas horas egoístas
Que desejam as conquistas
Em segundos esgotadas.

Nós temos horas trocadas
Dias e meses diferentes
Anos de laços ausentes
Palavras desencontradas
Soltas no ermo dos nadas
Asas brancas... Asas pretas...
Brancos e negros poetas
Que as horas foram marcando
E quiçá algures sem mando
Fossem tempo de horas certas.

As horas passam abertas
No meu relógio parado
Onde um cuco desolado
Padece as horas desertas
Porque só tu lhe despertas
O fabuloso segredo
Da tarde que acorda cedo
Com vontade de sonhar
A emoção de dealbar
Além das horas sem medo!

Torre da Guia
 

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