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cronicas-->O CHORO É LIVRE. CHORA, MARADONA! -- 06/07/2002 - 20:49 (Paulo de Goes Andrade) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O CHORO É LIVRE. CHORA, MARADONA!


Não sei se Maradona, dependente químico, raciocina com alguma lucidez. Para declarar que esta foi uma Copa medíocre, só mesmo estando com os neurónios afetados. Mas, mesmo que estivesse em estado psicológico normal, longe das drogas, Dieguito não se conformaria com o nosso pentacampeonato. Acredito. O Brasil, no pódio dessa Copa de 2002, mexeu com os seus nervos e, por certo, de todos os argentinos. Para tristeza deles, somos uns "macaquitos" " mui buenos" de bola. Ou não, Dom Diego?
Depois de ser barrado pelos organizadores japoneses da FIFA, para não entrar no Japão, em face do seu envolvimento com alucinógenos, conseguiu um `salvo-conduto´ para viajar para Tóquio. E lá chegou ele, friamente recebido por uma meia dúzia de admiradores.
Já havia perdido todos os jogos da sua Argentina. Mesmo assim, atrasado, viajou. E a sua Seleção já havia "dançado" no Grupo "F". Há muito já "cantava" tangos de Gardel na Plaza de Mayo. O que interessava mais ao "baixinho" (e gordinho) na terra do Sol Nascente? Não sei. Acho que até mesmo os seus patrícios admiraram-se da sua atitude. Talvez, no íntimo, quisesse ver a nossa "derrota" diante da Alemanha. Mas teve que nos "engolir".
Não posso entender a "mediocridade" que ele achou desta competição, sediada pelo Japão e pela Coréia do Sul, que, contrariando Dieguito, mostrou como o futebol vem se desenvolvendo pelo mundo afora. O esporte bretão não é mais privilégio de europeus e sul-americanos. A África, a Ásia e os países do Oriente Médio, já sabem jogar também. E a prova é tanta, que vários jogadores desses continentes já atuam em times famosos da França, da Inglaterra, da Itália, da Holanda, etc. Como exemplo, Patrick Mboma, de Camarões, joga no Sunderlan (Inglaterra); Nwankwo Kanu, da Nigéria, no Arsenal (Inglaterra); Adel Sellimi, da Tunísia, no Freiburg, da Alemanha; Hidetoshi Nakata, do Japão, atua no Parma (Itália); Seol Ki-Hyeon, da Coréia do Sul, no Anderlecht, da Bélgica. E tantos outros valores que continuam aparecendo.
Se foi uma Copa de pouco valor esportivo, segundo Maradona, a que poderia se dever tudo isso que o argentino externou com tanta veemência? Às Seleções consideradas do terceiro escalão, incluindo-se aí: Senegal, Nigéria, Camarões, Tunísia, Arábia Saudita e África do Sul? Na verdade, são países emergentes, no que respeita à prática do futebol, mas que vêm crescendo e (alguns) mandaram mais cedo para casa Seleções renomadas como Suécia e Itália. Aqueles países não tiveram a menor interferência na desclassificação da Argentina, que, sendo, indiscutivelmente, uma excelente Seleção, não fez uma exibição à altura dos seus jogadores. Fez 1 x 0 na Nigéria; 1 x 1 com a Suécia e perdeu de 1 x 0 para a Inglaterra. Verón, que é bom jogador, pouco rendeu. Batistuta e Simeone, os que mais se destacaram em campo, não conseguiram vencer o "esquadrão" inglês. Ortega, com os seu velho truque de cavar faltas, rolando ao chão pelo mais leve toque do seu adversário, ficou "a ver navios". E assim, nada lhes restou, a não ser arrumar as malas e voltar para Buenos Aires. Adiós, muchachos! Hasta luego! Hasta 2006!
Contudo, pode até acontecer, depois que o irreverente Maradona, em Cuba, onde procura se livrar da dependência química, volte a raciocinar como gente grande, quando estão reconhecerá que o "penta" teria que ser mesmo nosso.
Por enquanto, como pensa, sem dúvida, esta Copa-2002 foi medíocre, inexpressiva, vulgar e não sei mais o quê, não foi pela participação de seleções inferiores, mas pelo fato de bordarem, merecidamente, a quinta estrela na camisa verde-amarela da Seleção Brasileira - feito muito difícil para os argentinos. Eu acho.
Como o choro é livre. Chora, Maradona!

Paulo de Góes Andrade - 05 / 07 / 2002

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