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Contos-->UM AMOR E UMA VINGANÇA -- 06/09/2002 - 16:19 (DENIS RAFAEL ALBACH) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um amor e uma vingança

Era a princesa dos contos de fadas à espera de um amor eterno. Sonhava com o arco-íris e um cavalo branco. Um vento suave e um caminho de areia. O barulho do mover do mar e um instante, ele viria em sua carruagem real.
Foi no inverno que ele chegou. E no inverno foi que se conheceram. Nesta estação o clima fica mais pendente a um amor acontecer. E foi assim que se sucedeu. Amaram-se no primeiro dia em que viram. Beijaram-se. Veio a primeira noite de amor. Ela o amou eternamente e com profundidade. Ele muito mais...
Junho trazia um vento frio e uma noite apaixonante. O primeiro beijo em sua boca ela nunca esqueceu. O primeiro olhar quando ele chegou e o caminho que os levariam para casa. O primeiro toque foi ali. O primeiro sorriso logo atrás e um gesto puro, um gesto qualquer condenaria um ao outro que estavam apaixonados.
Ele a viu e a tratou como princesa. William jamais a esqueceria nem jamais a deixaria. O amor tomou conta de sua vida, de seu coração, de sua alma... para sempre.
Foram alguns dias de amor no inverno. O inverno que ela nunca esquecerá. Despediu seu amado que voltaria a sua cidade. Um soluço de choro. Um dor que quebrava seu coração. A saudades começou... o tempo... a despedida... ao coração entregue a dor.
Ele se foi... algum dia retornaria e chegaria cheio de esperança. A distância e o tempo não apagaria aquele amor, jamais...
Foi-se um dia, passou-se um semana, passaram-se mais alguns dias... A solidão que a aprisionava na noite de inverno... a vontade de ter o amor ausente junto a si... o desânimo... como apossaram-se de seu coração estas assombrações. Não se iludiria no tempo, na espera de alguém que não sabia se iria voltar. Não há ilusão maior que esta, a de esperar alguém que não vai chegar.
A conquista... um novo encontro... um ex que voltava... um passeio aquela noite... Não podia ir mais longe. Do outro lado, seu amor. Aquele ser que fazia parte de seu coração... tantos dias longe, nada a faria entregar-se.
Diz-se que não existe beijo roubado. Quando duas bocas se unem por muito tempo, ninguém força aquilo acontecer. Mas ela não pensou e nem sentiu que isto fosse verdade. Viu-se forçada, precisamente forçada a dar um beijo nos lábios de outro moço.
Claiton arrasou sua vida... Seu inverno jamais seria igual!
Que de súbito William retornara e louco e afogado em amor, acolheu-a em seus braços quentes e beijou-a procurando devorar a sua alma sem saber ter nela um segredo.
Daquele dia em diante algo pesou em sua cabeça. O amor cresceu como cresce um onda agitada num mar revolto. Mas o amor já não foi mais o mesmo. Que contraste atrapalhou aquele romance. Que intriga e paranóia se formou em sua mente. Ficou com William, disse adeus a Claiton, e entre a escolha fatal, o desprezo atingiu o peito de Claiton.
Agora já era o amor e o beijo no outro, o beijo no outro e o amor e aquilo tudo, o beijo no outro e o amor por William foi tirando a sua paz e já não houve mais paz e sua mente foi se acumulando de dúvidas, e a traição naquela noite de inverno afogou lentamente e com sofrimento o seu amor.
Nada foi possível para matar aquele amor. Mas uma erva daninha em meio à plantação sempre estraga algumas mudas boas. Não houve resistência... seu coração não suportou!
Claiton já não lhe queria... aprofundou sua mágoa na noite de seu desprezo. Distanciou-se...
Tudo ficou distante... William sem saber, mas pressentindo algo de estranho deu um tempo... caiu em outra paixão. Decepcionado, procurou outro abrigo para seu espírito.
Ela tão linda quanto inconformada deixou que a depressão tomasse conta de sua alma. E o choro. As lembranças por William. A saudades por ele seria e será eterna quanto seu amor. Alguma coisa morreu dentro dela que a inspirou a cobrar o amor perdido.
Claiton não devia ter aparecido. Chegou em hora errada, em hora oportuna. Tudo confundiu. Confundiu o coração da jovem que amava alguém, e sabendo de seu compromisso com o outro, jogou-se em seus braços, roubou-lhe um beijo e ela não resistiu à pressão.
Agora era só, dividida entre a saudade e a solidão. Não perdoaria Claiton por seu erro, aquilo não ficaria assim.
Este já amava alguém. Profundamente como ele havia dito. E um retorno com a jovem iludida já não seria mais possível. Sem William, sem Claiton e infeliz. Mas por que este último podia estar bem? Nada ficaria igual!
Insistiu algumas vezes, disse de sua solidão, da saudades pelo outro que se foi... mas Claiton não lhe queria mais, estava fazendo ela pagar a mesma dor de ser desprezado... mas entre uma insistência e outra, insistindo, insistindo e insistindo, no encontro fatal naquela noite de janeiro Claiton ficaria em suas mãos.
Tudo outra vez com os mesmos personagens, mas com uma diferença. Claiton tinha um grande amor, outra pessoa que não esta jovem vingativa. Ela, sem sentir nada por ele, atacou-lhe e roubou-lhe o mesmo beijo que ele, na vez anterior roubou dela. Claiton não resistiu, beijou-a também com o mesmo fervor e outra traição aconteceu.
Algo pesou em sua mente... ela, o beijo e a outra. Ela o beijo e a outra e ela e o beijo e a outra foi pesando seu consciente e o beijo e a outra e entre ela e a outra, o beijo no meio, ela, o beijo e a outra, uma explosão de sentimentos aconteceu. Confessou os seus erros, a outra não o perdoou. Não havia perdão, Claiton, como a princesa sonhadora que vos conto, tão sozinho e iludido ficou.
Tudo tão igual... todos sem ninguém... personagens repartidos, traições, vingança.
Sem notícias ela e Claiton separaram-se por algum tempo cada qual em busca de seu caminho. William estava ao longe, mesmo pela distância sendo amado por um coração que nunca o esqueceu.
Os meses se passaram, o tempo passou... Ela resolveu pedir perdão a Claiton e entre a insistência e outra insistência ele cedeu um lugar em sua vida para ela. Ainda não era o fim desse amor e de uma vingança.
Claiton sentiu-se atraído e apaixonado e entre os beijos algumas vezes por semana e alguns encontros, ela não deixava à mostra que sua alma gemia por William.
Mais algum tempo e os sentimentos por ela, enriqueceram-se no coração de Claiton. Ele chegou a amá-la.
Por que tanto tempo se perdeu no próprio tempo. Um erro apenas interrompeu a história de um grande amor. Foi difícil e doloroso para William voltar, acabar com seu último compromisso e ceder seu amor para a mulher que William também muito amou.
Mas era Claiton que estava em jogo. A vingança cairia sobre ele. Por que interrompeu a história daquele amor? Não era 100% o culpado, mas ela o nomeou assim... duas bocas não se unem por muito tempo sem que os dois lábios queiram...
Largou tudo, abandonou às vezes com Claiton e desprezou outra vez seu coração que a amava e na primeira oportunidade com William, abandonou o mundo ao seu encontro.
Tentaram seguir felizes...
Entre um choro e outro, uma lágrima escorria dos olhos desprezados de Claiton. Ele a perdoou uma vez, deu outra chance, ah, mas ela não ficaria o restante de sua vida preocupada com o coração do terceiro...
Vingou seu amor interrompido!







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