Usina de Letras
Usina de Letras
152 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62191 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10352)

Erótico (13567)

Frases (50598)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Que tal bem assim renego !... -- 16/05/2003 - 23:54 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Setenta e sete versinhos para sem mais afirmar...
 
 
QUE TAL BEM ASSIM RENEGO !...
 

Velas

De "beMal" se faz luz

 
A incoerência evidente
Lesma agreste que se sente
Roçar à flor da pele
Nos olhos há poucochinho
Inspirou-me este cordel
Que verto em semi-fel
Aos arautos do mesquinho.
 
Que adianta ao daninho
Humilhar sob escarninho
O motejo superior
Se este vê de antemão
Que não existe primor
Na palavra e sem labor
É sempre o mesmo refrão?
 
Os filhos da confusão
Em plena escuridão
Mas de luz persuadidos
Porque algo os seduz
Ao preconceito rendidos
Ceguinhos entorpecidos
Sequer distinguem a luz.
 
Não sabem quem lhes reduz
O alívio à férrea cruz
Que a vida pôs em seus ombros
E até condenam o sonho
Àqueles que entre escombros
Se libertam dos assombros
Deste mundo tão medonho.
 
Se em revolta me ponho
E de ronha também ronho
Apenas só experimento
Como age e reage
O verrinoso fermento
Que faz crescer bafiento
O produto do ultrage.
 
Dá-se-me à alma Bocage
E tomo-lhe estilo e traje
Para vestir a palavra
Que esgrimo como achão
Ou então deixo que abra
Em firme coice de cabra
Sobre os brios do cabrão.
 
Por enorme chorrilhão
De cabresto manhozão
Tomei eu dozes inteiras
E também sei manhozar
Em catadupas bem cheias
Abundantes diarreias
Até a náusea acabar.
 
"Bocamões" é salutar
São dois vates no altar
A reger a dimensão
Onde Aleixou penetrou
A fera da humilhação
E Pessoa em coração
D excelso purificou.
 
Só quem nunca perpassou
Ou na pele experimentou
De outrem a estultícia
Desconhece quanto dói
Sofrer gáudio e delícia
Do punhal da malícia
Que por prazer nos destrói.
 
A pedra da vida mói
Mas quem entre si remói
O grão que nos dá o pão
Somos nós simples grãozinhos
Entre "beMal" confusão
E assim se queira ou não
Há farinha nos moínhos.
 
Setenta e sete versinhos
Em cordel corridinhos
Aqui deixo a iluminar
O pendor do bem que é cego
Para sem mais afirmar
Nem que tenha de cegar
Que tal bem assim renego!
 
Torre da Guia
 
 
 
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui