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Poesias-->Constante Inconstância -- 18/11/2002 - 13:07 (Wanderson Mendes Machado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Certo dia acordou ativo o coração

Descerrou o alçapão, pois sentia-se preso

Falou tudo em que estava há muito meditando,

Estava-o chateando o pensamento aceso:



— Há melhor vida que essa de aventuras,

Gozos e desventuras, prantos e amores,

Sussurros e rumores, prazer, dor,

Tempos cheios de cor ou de saudade?



— Depois da tempestade, não há calma?

Logo que se cobre a alma de tristeza,

Não se tem a certeza de outro amor,

Em gritos de clamor — nova alegria?



Bradava aos quatro cantos com tal convicção

Mas estava o coração, todavia, apertado:

Constantes decepções o haviam confundido

Quis amor decidido p’ra ser saciado



— Razão cruel e fria, olhe brotar,

Ouça o lindo cantar de uma paixão,

Eu, puro coração, vejo e sou cego,

Sinto inflado meu ego desse encanto.;



Acusou, sem pensar, de culpada a razão

Por tanta confusão que em si mesmo formara.;

Logo a ré reclamou o direito da fala,

Pôs-se ao meio da sala, disse cara a cara:



— Coração, se achas santo, só porque amas?

Quando botas em chamas tua fronte

Não és a própria fonte dos pesares:

Peço-lhe então, encares a ironia.



— Que me adiantaria, ter com isso,

Hoje, ganhar sorriso — rir por tê-lo —

Amanhã, esquecê-lo — então chorar —

O que fiz por ganhar, perder assim . . .

Oh, que perfeito fim para se ter . . .



Calou-se o coração frente à forte defesa:

Sentia-se então presa — não mais caçador —

De mão atadas, sem se esclarecer

Acerca do viver, ou acerca do amor.



(Agosto de 2002)
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