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Poesias-->22.O DIA -- 17/11/2002 - 10:32 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



A carga dos trabalhos que fazemos

Está bem ajustada à nossa mente.

Assim, não há que estar indiferente

Ao peso, ao deslocar os duros remos.



Se o barco, ao deslizar contra a corrente,

Nos faz estes esforços quase extremos,

Nos mostra que alcançamos bens supremos,

Pois é sadio o orgulho que se sente.



Agradecer ao Pai se faz mister,

Conquanto a luta não nos deixe claro

Que seja exatamente o que se quer.



Mais tarde, vamos ver o quanto é raro

De se encontrar quem tenha um bem qualquer

Cujo preço não haja achado caro.









II



Havemos de pagar as nossas contas

Com o fruto das lides mais penosas,

Mas não tão fácil como as doces glosas

Que são de se estimar, depois de prontas.



Dispõe-te, ó bom amigo, a ver se dosas

Os versos que, na mente, sempre apontas,

Mas não faças a esmo nem às tontas,

Que as rimas mais sutis são mais formosas.



Assim, tudo na vida tem seu preço,

Que é pago com esforço na labuta.

No fim, hás de dizer: — “Eu bem mereço



Levar a palma d ouro da disputa,

Porquanto, acima dela, eu me envaideço

Por ter posto de lado a força bruta.”









III



As praias são lugares em que a vida

Transcorre sempre simples e mui bela,

Mas quando todo o povo da favela

Não traz a multidão, que se convida.



Paisagem a fulgir em aquarela,

Agora se perturba com a lida

E a turba, como em ondas, convalida

Os crimes do arrastão que se encapela.



Quem sabe ter dos males a consciência

Não foge de enfrentar rude destino

E põe em bem viver toda a ciência.



No entanto, ao perceber o desatino

De dar às santas leis desobediência,

Relembra de Jesus o doce ensino.









IV



Quisera pôr mais força nestas rimas

A ponto de vencer o compromisso

De vir prestar ao povo um bom serviço,

Tornando estas poesias obras-primas.



Quem sabe se este verso, com mais viço,

Pudesse promover outras estimas,

Fazendo mais serenos nossos climas

E o povo mais feliz, por causa disso.



Mas penso nos poetas de outras eras,

Que lágrimas de sangue derramaram,

Para ver se esfumavam as quimeras,



Mas só alguns motejos alcançaram

E, agora, pairam longe, nas esferas,

Pois seus versos de amor realizaram.



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