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Cartas-->Signos -- 05/09/2002 - 17:44 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tudo que generaliza eu não gosto.
Acho que as pessoas não devem ser comparadas ou mensuradas, não devem ser consideradas iguais quando na verdade ninguém é igual a ninguém, cada pessoa é um universo, nem nós mesmos nos conhecemos de verdade.
Assim muito devem pensar em relação aos signos que atribuem algumas características a pessoas que nascem numa determinada época do ano e de acordo ao posicionamento de alguns astros no céu pertencem a esse ou a aquele signo.
Para muitos céticos ou pessoas racionais isso são bobeiras ou coisas sem importância, que jamais poderiam ser levadas em conta ou ter alguma pertinência ou relevância na vida das pessoas.
Mas eu gosto de signos.
Olhando assim e pensando nisso pode-se ter a impressão que eles realmente tem razão, afinal o que teria haver os astros lá no céu com a nossa vida aqui embaixo distante anos-luz deles? Que influência eles poderiam ter sobre nosso comportamento e nosso destino?
É engraçado como as pessoas usam por demais os signos para pensar ou falar sobre as pessoas:
- Fulana é de Leão, por isso tem esse gênio forte!”
- Beltrano sempre gosta das coisas certinhas, parece com sicrano que é também de Virgem.
- Não sei se a gente deveria namorar, sabe, acho que ele é de câncer muito sensível pra mim que sou de escorpião.

Acabamos nem percebendo, mas os signos acabam se tornando mais uma ferramenta ´para tentarmos entender as pessoas que gostamos e a nós mesmo.
Para explicar acabamos tendo que cair no misticismo, enveredar por esse caminho que parece sempre em nossas estradas para explicar aquilo que não sabemos ou que não entendemos de maneira racional.
Temos que ainda voltar muito no tempo, a milhares de anos atrás para encontrar o porque que os signos tem algo de charmoso, magnético e que na maioria das vezes acabam explicando coisas e padrões de comportamento que nos ajudam muito a não ficar a ver navios.
A astrologia teve um papel muito importante no começo da civilização humana e, talvez, até mesmo antes dela. Como não poderia deixar de ser, o povo egípcio desenvolveu muito seu estudo dos astros e o horóscopo pessoal.Os sumérios, que se instalaram na Mesopotâmia em torno de 4000 a.C., marcaram o início da adoração ao Sol, à Lua e à Vênus. Eles consideravam estes corpos celestes como deuses, ou as casas destes deuses.Para "compreender" as mensagens desses deuses, foram necessários intérpretes que identificavam nos céus, sinais de agrado ou desagrado dos deuses. Esses sacerdotes criaram santuários sagrados para "ler" as mensagens do céu; pode-se dizer, enfim, que eles foram os primeiros astrólogos e seus santuários ficaram conhecidos como ziggurats.Os sacerdotes eram pressionados a fazerem previsões e, pior, tinham que acertá-las. Logo, as previsões celestes se tornariam mais arte do que ciência. Entretanto, eles tiveram muito sucesso predizendo eclipses solares e lunares usando conceitos matemáticos corretos; contribuíram assim, para o desenvolvimento posterior das leis da astronomia.A astrologia como nós, ou até mesmo como os antigos gregos conheciam, não existia até este momento; os sacerdotes se preocupavam em predizer eventos naturais (tempo, eclipses, etc.) como forma de se manter no poder.Porém, seus esforços contribuíram para o desenvolvimento da moderna astrologia. Eles foram os primeiros a projetarem um calendário, aonde o ano era dividido em doze meses, baseado nos doze ciclos da lua durante um ano.
A astrologia atual começou efetivamente no antigo período babilônico. O foco dos babilônicos também estava no bem-estar do reino e do rei, não do indivíduo; as previsões, portanto, envolviam coisas que afetassem este bem-estar.Os sacerdotes babilônicos documentavam os aparecimentos e desaparecimentos de Vênus corretamente e por causa deste comportamento irregular, Vênus foi associado ao amor e à guerra.Em algum lugar, em torno de 1300 a.C., foram formulados os precursores dos horóscopos de nascimento individuais. Estas cartas natais somente possuíam previsões baseadas no mês de nascimento da criança.
A era assíria marcou uma nova fase no desenvolvimento da astrologia (este período durou aproximadamente de 1300 a 600 a.C.).Os assírios conquistaram a Babilônia em 729 a.C., e as inevitáveis mudanças nos deuses aconteceram. Neste momento, Shamash, o deus Sol, foi considerado o deus supremo. O estado ainda era considerado mais importante que o indivíduo; assim, os presságios ainda eram dirigidos aos eventos que afetassem o estado.Os assírios representavam as estrelas e as constelações em mapas gráficos. Entretanto, os mapas que eles criaram possuíam 18 constelações, sendo que algumas delas foram eliminadas em 600 a.C., transformando-se num mapa celeste de 12 constelações (como os mapas atuais). Abaixo estão os nomes, em babilônico, dessas 12 constelações:
Luhunga (Áries)

Zihanitum (Libra)

Guanna ou Mul (Touro)

Gir-aba (Escorpião)

Mastabagalgal ou Tritura (Gêmeos)

Pah (Sagitário)
Nangar (Câncer)

Suhur (Capricórnio)

U-ra (Leão)

Gu ou Gula (Aquário)

Absin (Virgem)

Zib (Peixes)
Apesar do conhecimento do mapa zodiacal, os sumérios davam mais importância aos cinco planetas e como eles movimentavam-se nas constelações; a razão reside no fato deles considerarem os planetas como deuses. A seguir estão representados os nomes babilônicos para estes astros:
Shamash (Sol)
Sin (Lua)
Ishtar (Vênus)
Nebo ou Nabu (Mercúrio)
A próxima fase na história de astrologia é o período babilônico Novo (600-300 a.C.). Alguns dos astrólogos proeminentes deste período foram Kiddinu, Berossus, Antipatrus, Achinopoulus, e Sudines. Realmente até este momento, o único tipo de astrologia praticada era a do presságio; durante este período, foram inventados os sinais do zodíaco e o horóscopo de nascimento pessoal. Nestes horóscopos individuais, normalmente, apareciam a posição dos astros no céu na hora de concepção ou nascimento.
Os gregos começaram sua imensa influência dentro da astrologia durante o quinto e o quarto século antes de Cristo. Eles foram os responsáveis por incorporar a mitologia à astrologia.
Esta era a idade dos precursores da moderna ciência, entre eles, cita-se: Platão; Pitágoras; Leucipo, iniciador da ciência atômica; Aristóteles; Eudoxus, astrônomo que ridicularizou a astrologia como ciência; etc. Não obstante, astrólogos como Critodemus, Apollonius de Myndus, e Epigenes de Bizâncio continuaram refinando a astrologia.

Os romanos não aceitaram prontamente a astrologia. Entretanto, por volta de 250 a.C., muitos romanos interessaram-se pela "nova ciência", sofrendo uma grande pressão contra dos conservadores que procuravam afastar do Império Romano qualquer outro dogma ou religião.
Esses conservadores apresentavam argumentos muito lógicos contra o uso da astrologia e de horóscopos: diziam que algumas pessoas que haviam nascido no mesmo dia, tinham destinos diferentes e outras, que haviam nascido em dias diferentes, possuíam um destino comum. Contudo, a astrologia espalhou-se em Roma.
Em 331 a.C., Alexandre, o Grande, fundou a cidade de Alexandria; isto marca o começo do período greco-romano na história de Egito. Alexandria se tornou um das mais famosas capitais helenísticas. Quando o Império romano começou o seu declínio, Alexandria conseguiu manter seu prestígio como um centro de atividade cultural. Nesta cidade existia uma biblioteca formidável, cujo bibliotecário chefe era Ptolomeu, um astrônomo, matemático, e geógrafo do Egito Antigo.
Ptolomeu trabalhou com dados de astrólogos antigos e conseguiu traçar mais de mil estrelas e 48 constelações. Contudo, ele acreditava que a Terra fosse o centro do Universo; esta teoria sobreviveria durante 1400 anos, até que foi aceito finalmente que a Terra era apenas um planeta em órbita ao redor do Sol.

Ptolomeu também escreveu tratados sobre outras áreas de estudo. O seu trabalho, Tratado Matemático em Quatro Livros (Tetrabiblos), forneceu as bases para a fundação da moderna astrologia. Não se conhece como Ptolomeu adquiriu tais conhecimentos mas, acredita-se, que seu acesso à biblioteca de Alexandria seja a melhor resposta.
Nenhuma versão original do Tetrabiblos ainda existe. Tudo que permanece hoje são traduções e cópias, a mais velha delas é datada de 900 d.C. Haviam quatro livros neste trabalho, e cada um tratou de diferentes aspectos da astrologia:

O primeiro livro está voltado para a prática da astrologia e astronomia. Ele também trata dos vários alinhamentos dos planetas, a Lua, e o Sol. Ptolomeu descreve com detalhes quais posições planetárias são favoráveis e quais não são, bem como, quando e onde surgiram os signos astrológicos.

O segundo livro do Tetrabiblos descreve a astrologia relaciona a países. Ptolomeu faz a observação que eventos astrológicos de países e raças substituem os eventos individuais. Ele detalha os planetas regentes de cada país conhecido na época; finalmente, ele explica como esses planetas afetam a Terra. Por exemplo, pensava-se que Saturno causava resfriados, inundações, pobreza, e morte; Marte causava guerra e seca; os cometas e estrelas cadentes poderiam afetar o clima; etc.

O terceiro livro tratou do indivíduo. A data da concepção era importante e esta data deveria ser conhecida através de uma completa observação. O signo que estava subindo na hora de concepção, a fase da lua, e os movimentos dos planetas deveriam ser levados em conta. A influência do pai na vida do indivíduo era mostrada pela posição do Sol e Saturno no mapa de nascimento, enquanto que a mãe era mostrada pela Lua e Vênus.

Finalmente, o quarto livro do Tetrabiblos, discutiu assuntos sobre profissão, matrimônio, filhos, viagens, e "casas" zodiacais. Foram usados os ângulos particulares de vários planetas para calcular estes aspectos.

O Tetrabiblos compilou quase todos os trabalhos astrológicos feitos até então. O Tetrabiblos sofreu poucas alterações desde que foi escrito e, portanto, quase tudo o que sabemos sobre a astrologia moderna, vem deste magnífico trabalho de Ptolomeu.
Os críticos do Tetrabiblos afirmam que sua leitura é um tédio e que há algumas contradições nas idéias de Ptolomeu; além disso, ele não levou em conta o precessão dos equinócios. O mais interessante é que ele sabia da existência desse fenômeno e o motivo que o levou a não examiná-lo é um grande mistério.
Também haviam problemas de correlação entre a sua astrologia e as estações do ano. Outro problema foi a sua convicção de que a época da concepção era preferível ao momento do nascimento, já que, prever o momento em que ocorre a concepção é praticamente impossível.
O próprio Ptolomeu parecia ser totalmente egoísta. Ele acreditava que o horóscopo fora criado por ele. Alguns estudiosos dizem que seus textos sobre astrologia são confusos, sugerindo que ele, talvez, não fosse um estudioso da arte, mas sim, um simples compilador.
Em sua defesa, estava o fato dele viver em um período em que "convicções politicamente incorretas" poderiam levar à morte. Na verdade, poderia não ser seguro ele expor a verdade; ao invés disso, ele pode ter sido forçado a ajustar seus experimentos à uma tese errada. Ele sabia bastante sobre a precessão dos equinócios, como já foi dito, e as antigas teorias que postulavam sobre a Terra girar em torno do Sol. Por que ele não as publicou e seguiu um caminho errado, torna-se outro mistério dessa magnífica terra egípcia.
Depois de Ptolomeu, surgiram muitos astrólogos; alguns egípcios notáveis nesse campo eram Paulo de Alexandria, Hefaísto de Tebas e Palchus. O trabalho de Ptolomeu foi continuado e comentado em pelo matemático alexandrino Pappus, pelo astrônomo e matemático Theon de Alexandria, e o matemático grego Proclus que escreveu uma paráfrase do Tetrabiblos de Ptolomeu.

Depois de 500 d.C., astrologia se extinguiu durante algum tempo. Voltou novamente por volta do oitavo século, quando o Islã começou a praticar astrologia helenística. Foi Albumasar, um intelectual muçulmano, que deu o instrumental astrológico para o mundo Ocidental.

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