Adoro os clássicos e os estilos arrojados que fazem da arte dos versos um verdadeiro primor das palavras.
Bilac invejava o ourives ou tinha a visão do monge beneditino quando se referia à arte parnasiana de compor... "arte pela arte"...
Não nego(jamais!) a primazia de se conseguir unir a inspiração ao engenhoso labor de "metrificar".
Penso, particularmente, que se perde uma em favor do outro.
Li a "devolução" do acróstico que fiz para um amigo onde, propositadamente, fiz versos longos, de 14 sílabas.
Isto por não querer "quebrar a idéia". Tinha muito a dizer e a redondilha não me satisfazia a ânsia, por isso dobrei-a.
O ditoso poeta devolveu-me o acróstico, em agradecimento, mas "quebrando-o ao meio", e interrompendo a sequência das iniciais de seu nome, que é o objetivo "mor" desse tipo de texto.
Não posso conter o riso, ao imaginar o meu amigo, todo atrapalhado, sem meios de respirar ao ler os meus "malcriados versos" de 14 sílabas. Barrabás!
Por isso, em desagravo (está na moda esta palavra?) à minha própria arte de versejar, resolvi refazer o meu POEMA, em homenagem ao poeta, dispersando-lhe as "iniciais",