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Artigos-->Os conselhos da Geografia -- 20/02/2010 - 12:14 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Neste janeiro de 2010 ficamos estarrecidos com os alagamentos mostrados pela televisão quase em tempo real em São Paulo e Rio de Janeiro. São imagens de pessoas, carros e casas sendo arrastados pela força das águas das chuvas, com uma triste novidade. Pela primeira vez as enchentes vitimaram a classe rica. O exemplo mais emblemático foi o deslizamento de uma encosta de morro na cidade de Angra dos Reis, matando pelo menos 33 pessoas que estavam hospedadas numa Pousada.



Vimos também que no dia 11 de janeiro as capitais Natal e Recife foram balançadas por um terremoto de apenas, felizmente, 3,8 graus na escala Richter. No momento daquele tremor eu estava em alto mar na costa riograndense. Acompanhamos a notícia pela Globo News e de longe podíamos ver os edifícios que nos pareciam bem baixinhos. Com medo de ser um maremoto e sofrermos conseqüências imprevisíveis, a nossa embarcação ficou parada por cerca de 4 horas aguardando o desfecho do tremor. Não tínhamos notícias mais precisas, só sabíamos que a cidade fora atingida.



No dia seguinte o Haiti foi arrasado por um terremoto. Acredito numa relação direta com o tremor de Natal. No dia 17 foi a vez do fundo do mar argentino tremer com um terremoto de 6,3 graus. Seria uma tragédia se tivesse ocorrido numa cidade. O do Haiti foi de 7 graus.



Há pouco tempo não conhecíamos os ciclones e ventos fortíssimos. Nos últimos anos os moradores do sul do Brasil estão sendo atingidos por esses fenômenos e, sem saber, estão preparando-se para receber os furacões e tornados.



Um terremoto pode acontecer em qualquer cidade grande, lugarejo ou fundo do mar. Embora o Brasil seja conhecido pela ausência de terremotos, diariamente ocorrem dezenas deles de pouca magnitude sob nossas casas. No dia 15 de novembro de 2007 ocorreu um terremoto no norte do Chile que foi sentido em São Paulo, do outro lado do continente.



Apesar de Brasília ter recebido uma grande quantidade de chuvas, felizmente não fomos atingidos pelas enchentes. Fiquei em frente à televisão sofrendo com aquelas pessoas que perderam entes queridos, automóveis, casas e móveis. Meu maior lamento é porque os Geógrafos não foram consultados à época da expansão de São Paulo ou da construção da pousada em Angra. Continuamos ignorados cada vez que se inicia a expansão ou construção de uma cidade.



Na Faculdade de Geografia aprendemos noções básicas sobre distribuição espacial das pessoas, localização ideal das casas, igrejas, calçadas e áreas de lazer. Qualidade dos solos para construir, preservação das margens dos rios e córregos, e do meio ambiente no sentido mais amplo. Aprendemos também as causas e como nos proteger minimamente das catástrofes naturais.



Uma lição ficou-me na memória. As enchentes em São Paulo continuarão arrastando e matando, os terremotos e furacões também. O sol continuará brilhando por cerca de 3 milhões de anos. O dia e a noite não alterarão seus ciclos e novas cidades serão construídas. Independentemente da nossa ação, o planeta terra continuará aqui, azul, verde ou cinza. Sempre teremos água, potável ou não.



Umas questões pairam no ar: quantas horas do dia estamos dispostos ficar nos engarrafamentos a caminho do lazer ou do trabalho? Quanto tempo durará o nosso repouso noturno? O que falta para a Engenharia Civil se debruçar sobre estudos de prédios preparados para suportar os abalos sísmicos? Para essas e outras perguntas, é elementar... Governantes, consultem os Geógrafos. Não temos o poder das decisões, aconselhamos apenas.



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