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Poesias-->Dessoneto -- 16/11/2002 - 12:40 (Francisco Libânio) |
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Dessoneto
Dessonetizo-me
E me sinto nu com a liberdade
De ignorar as formas
De não pensar nas rimas
E assim procuro evitar
Não pensar em nada
Dessonetizo-me
Agora a preocupação é a musa
A mulher que amo acima de tudo
A violência que me cerca
E que não é alexandrina
Dessonetizo-me
E a inspiração não reconhece a casa
Onde tomava chá comigo
E me falava de amor único
Como fala agora, mas está deslocada
Dessonetizo-me
Rompo com as formas rígidas
Mudo o escrever, mudo a métrica,
Faço do verso livre uma arma
Para amar e cantar o amor
Então quando leres o poema
Pensarás "Muda o poema e o amor?"
Direi que sim. Meu amor é como este poema
Pouco inspirado e sujeito a surpresas
Porém é regular e sempre apaixonado
Francisco Libânio
11/11/02
5:48 PM |
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