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Infantil-->Quando morre uma boneca... -- 16/04/2018 - 17:31 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Houve um estrondo como o ribombar de mil trovões, e o Anjo Negro cobriu  a terra com sua sentença de morte: “Tudo estácute; perdido. Apagado. A  Verdade e princípio de fé; tudo estácute; morto. Deus estácute; morto.” Ouviu ainda  o tropel de muitos cavalos, e o tinir de espadas da corte celeste em luta contra as forças do mal. Acordou. Seu semblante pácute;lido revelava medo. Emília estava fria.
— Por onde andaste em teus sonhos?
— No paraíso perdido.
— Encontraste o fantasma da ópera?
— Quase isso.
— Então conta que mundo é este que habita teus sonhos!
— Nunca  viste uma boneca descartada porque tem algum defeito? Vi uma muito ferida. Tinha  chagas ainda abertas por mordidas do lobo. Devia sentir dor e solidão. Disse ser uma ovelha abandonada pelo rebanho, mas foi ela que se desgarrou. E jácute; não sabia mais como encontrar o caminho de volta.  Ovelha nunca deve abandonar o  rebanho! Sozinha, torna-se  presa fácute;cil. 
— Hácute; muitas ovelhas enfermas. Incautas, elas mergulham na escuridão e caem em profundo abismo. Gritam e seus gritos não ultrapassam a barreira dos muros abissais. 
Emília tinha  a voz arrastada.
— Vovó, vovó!...
— Que houve, minha filha?
— Emília morreu!
— Bonecas não morrem. As meninas  crescem, e guardam suas bonecas no armácute;rio. 
— Emília morreu. Quero um velório com todas as honrarias que ela merece. 
Corina entendeu que era preciso penetrar no mundo das crianças, para compreender o recado que elas mandam aos adultos nas falas e diácute;logos estabelecidos com as bonecas.  Era hora de guardar a boneca de Ravenala, como ela, Corina,  guardara a sua quando ficara mocinha.

***
Adalberto Lima, trecho de "Estrela que o vento soprou"
Adalberto Lima
Enviado por Adalberto Lima em 16/04/2018
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