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Poesias-->20.O DIA -- 15/11/2002 - 07:08 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



— “Quisera ter visões do campo etéreo.”

Pede-nos nosso amigo, com temor,

Sabendo, embora, que seu benfeitor

Não julga esse desejo muito sério.



Não é difícil seja de supor

Que, um dia, todos nós o tal mistério

Vamos topar, após o cemitério,

Tendo vencido as ânsias desta dor.



Assim, é ter paciência, ó caro amigo,

Que o tempo é só questão de decorrer.

Enquanto passa a vida, vem comigo



Cumprir este trabalho, que é dever

De todos que se afastem do perigo

De pressupor que tenham grão poder.









II



A vida passa sempre e o mal se cura,

Quando o trabalho faz que meditemos

Sobre os bônus do amor, como supremos,

Para a felicidade ser mais pura.



Quando Jesus nos deu os fortes remos,

Que a cruz carrega cada criatura,

Foi p ra sentirmos sempre mais segura

A travessia entre os dois extremos.



A nossa alma, então, se rejubila,

Quando nos vemos prontos p ra partir,

Não tendo medo de que vão medi-la,



Pois sempre há de existir um bom porvir,

Quando, na caridade, o dom se exila,

Levando o irmão conosco a evoluir.









III



As forças negativas cá do etéreo

Encontram sempre campo para o mal,

Que o homem põe em dúvida o essencial,

Ao não levar a vida muito a sério.



Havemos de mostrar que é mui geral

O desrespeito aqui pelo mistério,

Sabendo, embora, ser só refrigério

O riso franco, justo, bom, leal.



Quem quer que o seu irmão vá para o Inferno,

Porque lhe deu na vida um prejuízo,

Não saberá o que é ser no Além o eterno.



Um bom estudo, pois, será preciso,

Para entender que o bem é sempiterno.

E isso só se dá no Paraíso.









IV



As artes que julgamos valiosas

Para mostrar a vida cá do etéreo

Não seguem suas regras muito a sério,

Que apenas representam rudes glosas.



É que a virtude aqui é refrigério,

Como o perfume vem de belas rosas.

Enquanto, ó bom leitor, na carne gozas,

É hora de mostrar-te o que é o mistério.



Assim, pratica o bem, com muito amor,

Que a vida passa célere por tudo.

Seja você formoso quanto for,



Não ligue para a forma, sobretudo,

Que é ela que nos causa a maior dor:

Procura dar valor ao conteúdo.









V



Na áspera jornada deste dia,

As rimas nos tomaram boa parte.

Embora não saibamos bem a arte,

Podemos afirmar que foi poesia.



Armado de trabuco e bacamarte,

O crítico nos diz que assim seria,

Se a turma trabalhasse a melodia,

Mantendo suas normas, sem descarte.



A obra que trouxemos foi tão boa

Que a turma fez a crítica em conjunto,

Achando um só defeito, coisa à-toa,



No fato de não ter gentil assunto,

Que deixasse feliz qualquer pessoa.

Mas isso é só questão de chegar junto.



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