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Artigos-->Assassinato de Prefeitos Petistas -- 23/01/2002 - 00:26 (Penfield Espinosa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pelo menos dois prefeitos petistas foram recentemente assassinados: o de Campinas e o de S. Caetano. Eis algo que é surpreendente e que desmente vários conceitos que todos temos sobre o Brasil e sua cultura.



O primeiro, é claro, a idéia de que o brasileiro é um povo cordial. Todos já ouvimos falar de Sergio Buarque de Hollanda, hoje apenas o pai do compositor Chico Buarque de Hollanda. Sergio já foi, na memória das pessoas o autor que disse que o brasileiro é um povo cordial.



Na verdade, essa concepção é desmentida por nossa história e também por nosso dia a dia. Contudo, faz parte de nossa mitologia, Sergio Buarque de Hollanda, antes do sucesso de J. R. R.Tolkien, do Senhor dos Anéis, e também -- por que não dizer --, de Paulo Coelho, criou artificialmente uma lenda. Que nós brasileiros mantemos no fundo de nossos corações, contra todas evidências.



Outra lenda que esses tristes fatos desmentem é a idéia de que o PT, afinal de contas, foi domesticado e hoje não oferece nenhum perigo. Nesta visão, Lula seria apenas um político profissional gordo e a única coisa que diferenciaria seu fiel escudeiro José "Zé" Dirceu (secretário geral do PT), de seu equivalente no PFL, Claudio Lembo, seria o forte sotaque do interior de SP do petista.



Com certeza há quem pense diferente.



A princípio se pensava que esses crimes eram cometidos pela bandidagem comum, mas tanto surgiu uma surpreendente FARB (Frente de Ação Revolucionária Brasileira), quanto foi revelado que um número não desprezível de petistas, prefeitos ou não, estão sob ameaça de morte.



(Aliás, a FARB veio a público pela primeira vez na Usina de Letras, pela mão de seu porta-voz, o sr. Gabriel Laerte.)



Tanto no caso do antigo prefeito de Campinas quanto no de S. Caetano, choca o fato de que ambos eram pessoas de trato fácil e que, no entanto, foram mortos de modo muito mais cruel que o comum de sequestros. Aliás, foram mortos sem que nenhum resgate fosse pedido, o que é mais incomum ainda para um sequestro.



Em particular, o prefeito de S. Caetano foi morto com vários tiros no rosto, que desfiguraram sua face. Como se os criminosos realmente o odiassem.



Isso é estranho, muito estranho.



Os autores confessos do crime, admitido em telefone ao atual governador de SP, Geraldo Alckmin, disseram em outra ocasiào ser mais à esquerda que o PT. Isso não é tão difícil: em seu início o PT como um todo nunca foi tão à esquerda e, para falar a verdade, ele tem caminhado para a centro-esquerda, à medida que se aproxima do poder.



É estranho, contudo, que esse desvio para a direita possa merecer a morte. É claro que é mais estranho ainda o fato dessas pessoa serem mortas, independente da razão, mas não faz parte da esquerda brasileira o assassinato.



Houve, é verdade, a idéia de "justiçamento", mas isso foi raramente executado, e reservado apenas para os traidores da guerrilha em armas. Ao que parece, esses prefeitos -- de tendência política moderada -- não tinham nenhum envolvimento com agrupamentos de extrema esquerda, quanto mais um agrupamento desconhecido até aqui, como a FARB.



Sem querer deixar reconhecer os possíveis méritos que a FARB possa ter, soa muito mais plausível que os autores dos crimes sejam talvez não um único, mas vários agrupamentos ligados ao crime organizado, que estão descontentes com a política leve -- ou "light", como se diz hoje em dia -- de reorganização e moralização do estado brasileiro que os petistas vêm tentando implantar.



Na medida em que esses grupos possivelmente ligados ao crime organizado vitimam um partido de esquerda muito leve e pouco radical como o PT, não é impossível ver neles uma atitude de extrema direita.



De novo, que nos perdoe a FARB, pois essa é nossa suposição.



(Texto disponível também em http://www.pesp.hpg.ig.com.br/PTkiller.html)
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