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Poesias-->e o “se” nunca existiu, senão teria sido... -- 14/11/2002 - 15:44 (sonia alves dias) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
e se os olhos dela cantassem uma canção

que soasse através de um piano que a levasse ao céu, ou pelos caminhos do inferno ?



e se ela quisesse ser um Todo

e estivesse submersa ?

e se o seu corpo fosse o alicerce do nada ?



e se ela quisesse beber um vinho amargo,

e sua boca não alcançasse nem um copo d’água

para matar sua sede ?



e se o seu corpo mutante ganhasse asas

e fosse um animal paleontológico

que tivesse garras e estivesse preso

por fios invisíveis , no meio de um

cabelo desgrenhado e como objeto

voador não identificado, sem forças

cósmicas , caísse num rio ?



e se o rio fosse de Janeiro

e no Pão de Açúcar brotasse flores

e se os seus cabelos fossem crinas douradas

que descessem como cascatas d’águas

numa corredeira sem fim ?



e se o fruto que saísse do seu ventre

estivesse morto , e há tempos congelado

em seu coração amputado, e pendurado

estivesse como num matadouro – exposto –

com bichos a lhe devorar a alma ?



e se ela navegasse sem rumo

e seus braços fossem remos fortes,

feitos da melhor madeira – peroba vermelha ?



e se ela deixasse que a água a tomasse inteira

e ficasse lívida , lírica no grande cálice tombado

sagrado ?



e se não houvessem escadas que lhe conduzissem

as Torres da Terra do Tombo,

e se as portas não tivessem chaves,

e se Ícaro irado reivindicasse suas asas

e diante do sol molhado de larvas incandescentes

sentisse prazer em derreter todas as penas ?



e se seus cabelos fossem cordas violas,

e se o olho do mundo zombasse dela ?



e se ela não fosse mais nada ...



mais barco

mais rio

mais ar

mais vinho



e se o copo quebrasse

e se o corpo entornasse

e se ela no chão

se inundasse toda ?





* * *



meio do dia de quase fim de ano

- no datador dos meus Dias, dia

tosco [ 25/11/2000 ] sem graça

- papel em branco tomado de

figuras fantásticas e linhas

fantasmagoricas

- na mão direita uma caneta,

na esquerda um delírio e uma

pena.

- no fim do rascunho

AGUA QUE BEBI

MANCHAS TINTAS

AFOGADAS EM AGUA.











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