Escritor, membro da Academia Piauiense de Letras e da IWA - Associação Internacional de Escritores e Artistas,
Estados Unidos
O futuro a Deus pertence, diz o povo em sua sabedoria. Pois, ele, o povo fala por aí que o Lula é quem vai governar, caso a Dilma venha a ganhar a próxima eleição. Bem, é um fato que a Ministra Dilma Roussef tem muitos trunfos a mostrar e proclamar na campanha: 1 – seria a primeira mulher eleita presidente (e com o sentimentalismo do povo brasileiro, hem?!); 2 – foi uma boa ministra de Estado; 3 – tem apoio do Lula. Mas... Há sempre um mas. Sua candidatura teria o apoio total da base aliada, PT e os demais partidos que a compõem? Partimos agora para as objeções: 1 - O apoio da base aliada é a primeira dúvida; 2 - ela está doente (e uma coisa imprescindível para o sucesso na político é o item saúde); 3 - o seu passado de guerrilheira, bom para uns poucos e péssimo para outros (a média e a alta classe).
Mas vamos tratar do que seria o quarto mandato. O terceiro, Lula ganharia como maior cabo eleitoral da Dilma, mentor principal dela e de fato o governante do País – um disfarçado terceiro mandato. Soa também aos nossos ouvidos que ele, Luiz Inácio Lula da Silva, quer candidatar-se depois do mandato da Dilma. (É um direito seu, mas nem todos os direitos são bons e justos). E isto redundaria no quarto mandato. O que seria isto, na verdade? Um império ou reinado. Alguém objetaria que este cronista votou pelo regime de Monarquia, com um monarca como a Rainha da Inglaterra e um Parlamento forte e vigoroso como na Europa. Isto foi minha opção no plebiscito do final do século. Sim, mas era a condição também de um governo parlamentarista, visto que na época havia um acirramento entre Parlamentarismo (fraco) e Presidencialismo (forte). Na verdade, sempre entendi que o Presidencialismo como o brasileiro é quase Reinado. E se um Presidente se perpetua no poder, através de mandatos e mais mandatos, o que podemos esperar disto? Desrespeito aos princípios democráticos formais. Não há democracia sem alternância de mandatários no poder. Por isto repriso o assunto de meu artigo publicado há mais de ano: “Terceiro mandato é ditadura” Lá, eu dizia: Será que o Lula vai pegar a mania do Chávez? Na Venezuela tem muito petróleo e pouca gente, tem a Bolívia vizinha, cujo país Hugo Chávez promete invadir, tomar-lhe os minérios, o gás e a droga. Aí se tornaria o senhor da América do Sul, do petróleo ao tráfico de droga.
Aonde essa política populista do Lula vai chegar? Estimulado pelos seus “puxa-sacos”, pensa e diz besteiras. Bolsa-escola, bolsa-família, bolsa-cultura, luz-para-todos, isto e aquilo... Desenvolvimento é escola boa para todos, a educação essencial e emprego também. Mas, com o aumento assustador da nossa carga tributária, como é que a classe empreendedora – a que emprega o povo – vai investir? Com educação, emprego, saúde e segurança estabelecer-se-á a sociedade civil: a cidadania e a democracia de direito e de fato. E nestes dois mandatos, empregos vieram poucos. Somos um país onde os jovens não podem estudar, trabalhar, praticar esporte sadio. Em tudo falta estrutura. E vão fazer o quê? Caem na bebida, na droga, na jogatina, na prostituição. A mocidade precisa perceber que o perigo está à vista. Vigilância. Manifestações. Luta. Sem elas, nada de bom pode acontecer. Com todos os defeitos, a democracia liberal ainda é a melhor opção. Mesmo com capitalismo. Não há outra alternativa. Pensávamos que Fidel seria o último ditador das Américas. Mas apareceu o Hugo Chávez. Não desejamos nada semelhante para o Brasil. Não abro mão dos princípios democráticos e constitucionais. Fui e sou cristão e socialista, sempre almejando a democracia plena e nunca os seus arremedos. Continuo acreditando no socialismo cristão, apesar do Bush”.
