Naquelas rochas componentes das cavernas lúgubres, morcegos assassinos espreitavam a vizinhança.
Aguardavam ansiosos momentos propícios em que atacariam, com agressividade, suas vítimas.
Seus sinais sub-sônicos os mantinham informados sobre os deslocamentos dos alvos.
Pendurados, com os cérebros rasteiros, túmidos e quentes, mais próximos do chão, sofriam com a fotofobia. Aguardavam porém o negro frio da noite.
Os pêlos que lhes cobriam o corpo, infestados por carrapatos-estrela, postavam-se hirtos, quando percebiam os perigos rondantes.
A luminosidade, que a tudo espargia, tinha os graves poderes de lhes acorrentar os cérebros mirrados e flácidos.
As rochas que formavam tumbas antigas, nas explosões do progresso e da ordem, espalhavam-se pulverizadas abrindo alas às passagens transcendentais.
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