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Cordel-->12. O VALOR DOS VERSOS -- 11/05/2003 - 07:41 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

As facécias da poesia
Hão de causar alegria,
Pândego entretenimento,
Mas, se ficarmos só nisso,
Não prestaremos serviço,
Neste sagrado momento.

Quando, pois, fizermos graça,
Não apenas erga a taça,
Mas veja o que está por trás.
Alegria permanente
É bom sinal de que a gente
Tem o coração em paz.

Se estamos sérios, porém,
Não quer dizer que ninguém
Usufrui felicidade.
É que o velho socorrismo
Nos leva à beira do abismo
E a tristeza nos invade.

Cavanhaque e rabo longo,
Dois chifres, no rosto oblongo,
E pontiagudas pestanas;
Um sorriso escarmentado,
Eis aí bem retratado
Quem tem as ações insanas.

Lá no Umbral existem tantos
Que não desejam ser santos
E se inspiram no demônio.
Querem meter medo à gente,
Por isso, insistentemente,
Viram tudo um pandemônio.

Eis a triste circunstância
Que deixa noss alma em ânsia,
Na impotência do trabalho.
Como seria mais lindo,
Se, a cada serviço findo,
Alguém ganhasse agasalho!

Nessas jornadas de amor,
Aliviamos a dor
Só de quem se arrependeu.
E não podemos dizer
A quem não tem tal poder:
— “O problema é todo seu!”

Eis que o sofrimento alheio
(Não vá dizer: — “Eu não creio!”)
Contamina a nossa calma.
Toda vez que retornamos,
É preciso que façamos
Exercícios para a alma.

Depois disso, versejar
É como ir ao pomar
Colher frutos saborosos:
Brincadeira de criança,
Que, na ilusão, sempre alcança
Os mais sublimes dos gozos.

Muitas vezes, é na Terra
Que enfrentamos dura guerra
Contra espíritos malignos.
Por isso, sem refrigério,
Mantemos o tom bem sério
E os conceitos muito dignos.

Eis o princípio de tudo,
A imprimir ao conteúdo
A responsabilidade
De quem tem o compromisso
De vir prestar um serviço,
Para o bem da humanidade.

Não nos lance o seu desprezo,
Já que é comum esse vezo
Para com quem vem do etéreo.
O povo estará cansado
De se ver tão pressionado
Por quem mora em cemitério?

Nós suspeitamos que sim,
Porque, em verso tão chinfrim,
Não há que se pôr respeito.
Na opinião dos mortais,
Nós não somos seus iguais,
Que o pregar não leva jeito.

Vamos pensar em Jesus,
Que foi pregado na cruz,
Por falar umas verdades.
Depois dele, tantos santos
Derramaram tristes prantos,
Por condenarem vaidades.

As vibrações das pessoas
Podem ser ruins ou boas
E se refletem em nós.
É que somos suscetíveis,
Ao demorar nestes níveis,
De fazer eco a essa voz.

Ao ouvir cantar o galo,
Viremos p ra relembrá-lo
Daquilo que Pedro fez.
Para muitos é alegria,
Para outros, nostalgia:
Um sentir de cada vez.

O cumprir deste dever
Dar-se-á, se compreender
Nosso amigo esta lição:
De que, com amargos versos,
Só sentimentos perversos
Perpassam no coração.

Queira-nos, pois, desculpar,
Se viemos divagar
Sobre as ditas influências.
Tempestade em copo d água,
A provocar boba mágoa:
Há que nos dar indulgências.

Está na hora de orar,
Pois viemos devagar
E o tempo passou depressa.
Hoje o médium sai mais cedo
E nos levanta um só dedo,
Para que o tempo se meça.

Voltaremos noutro dia,
P ra prosseguir a poesia,
Que nunca mais terá fim:
Fica o sentido das lavras,
Porém, mudam-se as palavras.
Quem estuda vê que sim.

Não há pois que se afligir,
Ó querido Wladimir,
Se não foi de seu agrado.
Agradeça ao Pai do Céu
Não ter vindo aqui ao léu:
A moeda é do outro lado.

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