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Poesias-->18.O DIA -- 13/11/2002 - 06:45 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



A notícia que chegou ao meu ouvido

Veio cheia de promessas de fortuna,

Mas a minha reação mais oportuna

Foi pensar se o tal aviso faz sentido.



Não é justo que se queira da tribuna

Dar ao povo todo tema resolvido.

Gostaria que assim fosse, mas duvido

Que ao meu lado muita gente se reúna.



Cada qual deve saber da sua vida,

Que é por isso que Jesus nos prometeu

Dar os pontos mais preciosos para a lida.



Já pensaram que seria estar no Céu,

Sem saber a qual virtude o amor convida?

A verdade não aceita nenhum véu.









II



Ao chegarmos p ra fazer os nossos versos,

Deparamos com um caso interessante:

Nosso médium, tão cansado, iria avante,

Ou faria só sonetos mui perversos?



Nada vimos nessa vida semelhante,

Pois andamos na consciência bem imersos.

Para nós, os corações são universos

Que a razão, conforme o tema, nos garante.



Ao sentir que o seu desejo oferecia

Margem boa para as rimas desta hora,

Variamos nosso metro e esta poesia



Deu-lhe tratos à cachola, muito embora

Resolvesse que o problema não seria

O cansaço, que essa lei cá não vigora.









III



Quem tiver a pachorra de nos ler,

Sem querer pôr um basta em cada rima,

Aos poucos, irá ver que a nossa estima

Vai formando-lhe n alma bem-querer.



Quem sustenta a amizade neste clima

Não requer ao Senhor nenhum poder:

Basta apenas ter força p ra dizer

Que não sabe fazer uma obra-prima.



Qualquer prece que é dita co emoção

Terá bem mais valor que esta poesia,

Que supõe prevalência da razão.



Para isso, contudo, eu não viria,

Pois conservo no peito um coração

Que sobre o verso tem bem mais valia.









IV



Confirma este meu médium seu intuito

De prestar o serviço até o fim,

Correndo o sério risco do ruim,

Que está para fechar curto-circuito.



Mas, ao dizer tal coisa para mim,

O pobre teve de pensar que o “fruito”

A ser colhido não seria muito,

Conquanto um clássico diria assim.



Que pensa o povo deste verso tardo,

Que sofre tanto p ra falar de amor?

Há de dizer que à noite o gato é pardo



E que não vale a pena de compor,

Se cabe a ele carregar o fardo,

Pois é a vida expiação e dor.









V



Fico contente por saber que é certo

O compromisso com que o povo vela

Que esta poesia, cada vez mais bela,

Não fique impressa apenas no deserto.



A natureza que se pinta em tela

Não tem a vida que se sente perto

De um coração que se mantém aberto,

Pela pureza que o amor revela.



Queira Jesus que o nosso verso traga

Toda a alegria de um viver modesto,

Que é sempre justo receber a paga



Pelo trabalho que se faz honesto,

Quando se sabe que é tão dura a saga

De quem não fez aos homens simples gesto.



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