Vem cuidar de mim, mas vem depressa.
Rompa esta estranha nostalgia,
E esta solidão, antes que cresça!
Vem acalentar-me sem maldade,
Me fazer chorar, mas de alegria,
Com dulçor e com [branca] verdade!
Vem cuidar de mim, mas vem sem pejo.
Navegar na doce calmaria,
Do meu corpo suave de Tejo!
Vem beijar-me a fronte com candura,
E tirar-me da melancolia,
Com tua boca [rubra] de loucura!
Vem cuidar de mim, mas vem querendo
Dividir comigo as amarguras,
Desta vida...deste mundo horrendo!!
Vem enfeitiçar-me com carinho,
Me fazer voar lá nas alturas,
Pois há outros magos no caminho!
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