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Poesias-->UM CORPO FANTASMA -- 10/11/2002 - 11:02 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM CORPO FANTASMA

-Coelho De Moraes-



Errância

Meu amor é único

mas sinto uma difusão do desejo

errando até a morte

de amor em amor



Mas terminará, um dia, o amor?

O corpo inefável desaparecerá

para sempre

algum dia?

O fim está mascarado pela inocência

parecendo coisa eterna

que passa de Amor a Amizade

mesmo que eu não o veja dissipar-se



Barulho imenso

de repente o silêncio rompe auroras

No começo um clamor

de repente um nada sem brilho



Poetas de começos

Platéia dos fins

Não construo a minha história de amor

vejo e aspiro

suspiro e sucumbo

mesmo piscando os olhos

Bato palmas para o ato que acaba

mesmo sabendo que as cortinas se fecham sobre mim



É através do amor

que se chega a uma outra lógica

São instantes verticais

de amores suspensos

São volúpias absolutas

instantâneas a sabor de morangos

Sons sem memórias

Amores esquecidos do que o precede

numa sucessão de acordes desventurados

Fugas indômitas sobre cavalos noturnos

e esse suar imenso que me transborda mares



Pode-se renascer sem morrer?

As mesmas cartas serão escritas para outra mulher?



A errância do amor é uma dança de palhaços

Rápida ou lenta

em função da pessoa que trai ou sai

mas pode ser drama completo sem pausas

donde aparece Dionísio, novamente

fazendo eclodir as trombetas

em peripécias de uvas e bacanais



Erra-se pelos mares e pelos ares

Procura-se a mulher eterna

o amor que o envolva em abraço imortal

Erra-se por causa do inequívoco amar

Marca imposta desde o começo dos tempos

na procura dessa Lilith desaparecida

pedaço que a mim completa



De qualquer forma

corpo avesso ao sólido

há um deus imaginário

que me persegue mesmo invisível

que me afligiu

com a compulsão da fala

que não responde aos meus pedidos

Muda-me a cor

mas não me muda a igualdade

O quadro é o mesmo

o tom cambia

escolhe-se a tinta

a nuance porém

pode ser a mesma







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