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Teses_Monologos-->AMAR É UMA ATITUDE PERMANENTE DE ENTREGA... E DE RESPEITO... -- 10/05/2002 - 17:29 (Daniel Cristal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AMAR É UMA ATITUDE PERMANENTE DE ENTREGA AO(S) OUTRO(S) E DE RESPEITO INTEGRAL PELA NATUREZA UNIVERSAL.

(de Daniel Cristal)

I

Amar não implica qualquer retribuição. Dá-se pelo prazer de dar a quem faz parte de nós. É como déssemos a outro o que a nós próprios damos. E vice-versa, é como déssemos a nós o que a outro damos. A ideia de recompensa é qualquer coisa outra que não é amar. É testar o outro na sua generosidade para conhecer quanto do outro é igual a nós, ou de nós diferente. É indagar e não amar. É diagnosticar as suas qualidades e os seus defeitos. É considerar o/a outro/a como objecto das nossas curiosidade e investigação. Não é tê-lo/a dentro de nós, fazendo intrinsecamente parte de nós, como se do nosso sangue se tratasse, ou como fosse nosso complemento. A recompensa é sempre suplementar. Se o outro/a é nosso complemento (teoria platónica) ao dar ao complemento, estamos a dar à nossa parte (metade) desse todo.
Amar é uma atitude que questiona a capacidade de amar. É um agir que suporta uma base intrínseca em todas as suas características actuantes, e engloba o que lhe é extrínseco. Esta capacidade absoluta de ser é uma das premissas fundamentais dum modo de actuação que origina as conclusões do ‘agir amando’. É o corolário da dedução que a define sem equívocos.
Quem considera esta atitude – AMAR - um acto suplementar, não lhe dá a dimensão espiritual, mas unicamente as corporal e temporal. Esta actuação retrocitada não deriva de ‘agir amando’; nesta perspectiva qualquer fêmea serve os propósitos, qualquer macho se ajusta. Isso não é amar, é tão-só instinto procriador, instinto animal, como se usa nas expressões populares: touro de cobrir vacas, galo de capoeira, coelho-rei de coelheira, macho-latino mitificado, mulher pêga em alfobre de megeras, odalisca-de-harém, gueixa quase profissional. É egoísmo a tomar conta do verbo amar e do seu significado. É atrair para subjugar, com o reverso implicado: não receber também retribuição. Não satisfazendo. O vencedor recebe a autopunição, sendo esta a falta de recompensa. Autodestrói-se porque lhe falta a dimensão espiritual do amor. Aquele que espera a recompensa, no fundo não recebe o melhor em troca,. Porque amar, exclui-a. A exclusão do egoísmo, é o estado de graça para receber o que é sublime. O que é mais que o animal, é sobretudo o humano.
No fim, é caso para o egoísta dizer que a sua vida valeu muito pouco em relação a quem viveu a grandeza satisfeita e acabada do ser humano - amar e ser amado/a. Porque viver o amor, é viver no amor, e é esta a maior satisfação realizada plenamente conjugando a existência neste mundo. Sem a atitude do ‘agir amando’, esta viagem pela Terra é um mar encapelado de acidentes que conduzem a desastres, insatisfações permanentes, fobias, stresse constante, depressões, más formações, deformações, lamentos, censuras, frustrações regressivas… tudo é defeituoso, inacabado, gratuito, quase sempre o estado conseguido da nulidade. Porque o interior (o ser) de quem adopta esta forma de estar, está também inacabado. É pior que vegetar, visto que se vive notoriamente abaixo da grandeza humana que existe dentro de todos nós, assim nos apercebamos dela para a cultivar!

II

Para Rilke - «o amor é a ocasião única de amadurecer, de tomar forma, de nos tornarmos um mundo para ser amado» in CARTAS A UM POETA, e para Laure Conan - «nada é pequeno no amor. Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua ternura, não sabe amar», in ANGELINE DE MONT BRUN.
Os retrocitados aforismos não são definições do amor, mas comentários sobre um ideário psicológico. O primeiro afirmando que a recompensa é indirecta, quem ama amadurece, não há troco directo, mas unicamente indirecto. E o segundo é uma lição de conduta. Nos dois aforismos anteriores, o que se afirma é que Amar também implica saber, saber amar (assim sendo ou implícito, natural, ou objecto de aperfeiçoamento).
Há poucas definições de amar, normalmente o signo é retratado por metáforas, porque abrange toda a filosofia da vida, preenche-a, consegue condensá-la e meter uma enormidade de saber numa só atitude, numa só postura, enfrentando com estas todo o Universo que nos cerca. Uma das mais célebres definições adstrita ao império da língua inglesa, diz assim: «Amar é ver-se como um outro ser nos vê, é estar apaixonado pela nossa imagem deformada e sublimada» (Um Americano tranquilo de Graham Greene).
Há nesta ideia anterior (que tem pouco a ver com a energia instintiva, corporal – só por interinidade pode ser assim descortinada) uma reciprocidade, uma permuta, uma repercussão de atitudes, de retratação. Seria como alguém estivesse ao espelho e ver no reverso o que está no anverso. Não diria ver o que está deformado, mas o que está sublimado tão-somente, não é o que está numa forma diferente, mas o que é a sua própria forma. É a sua forma pura que alguém vê no outro.
No fundo, amar é ver-se na sua forma virginal, essa que enformou a criação do mundo. E quem volta ao princípio, abarca neste movimento retro-agido toda a sabedoria do universo, este faz parte dele até ao seu fim. Refiro-me ao fim do mundo, se o houver! Nada pode ser mais empolgante.
Estas variações à volta do amor, não acabam aqui, nem agora!
‘Dar e aguardar recompensa’ é deslocar o eixo da humanidade. A humanidade é excêntrica, vive fora do centro do egoísmo, do umbigo único e sozinho. Se assim não fosse a evolução e o progresso, não obteriam colhimento. Acabariam a generosidade, a solidariedade e o amor, seria o retorno ao estado selvagem.
Nesta ordem de ideias, o narcísico é egocêntrico, desloca o centro do interesse geral pelos outros para o único objecto que é o seu eu. É como se estivesse a olhar sempre para si, a amar-se constantemente, a cuidar só de si. Orgasmando-se pelas suas próprias mãos, não retribui, não compensa, não entra na roda social ou convívio, não ama os outros, nem os outros o amam logo que se apercebem do seu handicap. É ser destinado à solidão, a finar sozinho. Ninguém lhe dará coisa nenhuma, a não ser que ele corresponda a peso de ouro. Porque o seu eu reflecte-se no que faz e todos os que com ele lidam, pontuam o comportamento pelo seu (dele). Só é amado verdadeiramente quem ama excentricamente. Quem ama mesmo que não tenha riqueza material, tem carinho e ternura para dar, manifestando-se tão naturalmente que ninguém fica com alguma margem para dúvidas. As dúvidas só aparecem quando não há espontaneidade.

III

“Amar é dar”, parece, no entanto, não corresponder à mensagem mais aferida e ideal. Amar é mais que dar, é entregar-se, pois que quem dá reserva para si a sua individualidade. Quem dá pode não se dar, aqui está o mais evidente busílis da questão, que me obriga a nova nuance, dá o que lhe sobra preponderantemente. Mas entregar-se, é dar tudo incluindo o seu eu, é esta a forma mais sublime de amar, nem que isso lhe acarrete a morte. Conhecemos alguma definições de amar, muitos mais comentários sobre. Camões definiu amar pela identidade do verbo ser AMAR É FOGO QUE ARDE, expressão emprestada de Petrarca, retomada a filosofia platónica no Renascentismo. Grahamm Grene disse “ amar é ver-se” como já disse. Ninguém que eu saiba disse até hoje, AMAR É ENTREGAR-SE. Mas é exactamente o que me parece ser, e gostaria de saber a opinião dos que me lêem. Assim, recorrendo aos vossos contributos valiosos, que muito agradeço, modifico o meu primeiro aforismo para:
AMAR É UMA ATITUDE PERMANENTE DE ENTREGA UNIVERSAL
Destacando deste modo o que subsiste, sendo sempre uma atitude perante os outros, a família, naturalmente e em lugar especial, o/a os/as outro/s a/s, a sociedade, a globalidade. Amar assim é uma atitude inalterável que parte do ser individual, nele enraizada, íntima, interiorizada, e se expande pelo Universo em todas as suas formas e matérias. Amar como seja amar unicamente uma mulher, considerar o amar apenas repartido por dois seres, numa comunidade muito mais vasta que aguarda o nosso amor, é um sentimento incompleto, inacabado, é estabelecer fronteiras nas nossas atitude, é como andar a arranjar divisões no mundo onde elas não coabitam, é ser uma coisa aqui, ali outra coisa, é andar a camalear-se como o camaleão, é não ser natural nem espontâneo, fazendo deste mundo um circo de exibições hipócritas e cínicas. É andar a criar muros de imundície, de lixo enganador, onde eles não têm cabimento nem pela razão nem pela emoção. A maior parte dos nossos sentimentos são equívocos, paradoxalmente não são unívocos, enfermamos ainda deste mal por má formação do acto de discernir, é um defeito de fabrico original que precisa de ser formado pelo esclarecimento, pelo tomada de posse da sua consciência que leva à evolução ou progressão do conhecimento do nosso “Eu”. Um defeito de fabrico que enferma de falta de crítica pessoal acerca das nossas cultura e de civilização.

IV

Como não houve mais respostas significativas que eu tenha notado, dou por encerrado este tema, concluindo apenas, que o temo Ser Universal presta-se a equívocos porque estamos a falar para uma comunidade alargada, parte dela católica, outra cristã, outra ainda céptica, agnóstica, alguma porventura ateia - ainda haverá por aí certamente leitores judeus e árabes, e cada um tem uma concepção diferente do Ser em que acreditamos.
Há necessidade por isso de estender o axioma ao máximo para abranger o máximo de indivíduos, sem deixar que o mesmo se perca numa definição vaga, pouco compreensível.

Opto assim por esta por agora, a que me pareceu mais ajustada:

AMAR É UMA ATITUDE PERMANENTE DE ENTREGA AO(S) OUTRO(S) E DE RESPEITO INTEGRAL PELA NATUREZA UNIVERSAL.

Como nota final, acrescentamos ainda que se formos a acreditar em Thomas Hardy ” O tempo muda tudo, excepto algo muito íntimo que está sempre a surpreender-nos pela mudança”, isto significará que também este conceito está sujeito a mudança por alguma outra nuance que se afirme qualquer dia dentro de nós, e se revele nessa ocasião.


CONTRIBUTOS DE DOIS WEBSITES

Da UsinaDeLetras, houve nove achegas muito importantes (não contando as indirectas, que não arrisco a comentar, porque não há garantia de que a fossem ), e começando pelo Fernando, este vê no amor uma transmissão de um sorriso ou de um gesto que se fazem notar pela atracção, mas o seu principal problema é o da correspondência do amor. Como eu me referi sempre a amar, verbo que se pode gerundiar pela locução ‘agir amando’, apresentando-a como atitude global de encarar o mundo, ele avançou com a ideia da alma gémea, amor-a-dois, esta sendo portadora de um amor com afinidades evolutivas no convívio. Quatro dias depois vem dizer-nos que não acredita no amor a três. È muito racional que não haja amor-a-três. Seriam amores complementares? Estão na moda em países que se auto-afirmam muito ‘evoluídos’!
A Apaixonada Virtual avança com o conceito de paixão, resultante do amor inflamado, esse sentimento que faz explodir o amor, essa sim sendo o supersumo da natureza. Também vamos, se houver adesão neste grupo de leitores, debater o amor-paixão.
Em contraponto o Ângelo disse que amar sem recompensa é um sacrifício, e a Ivone Carvalho garante o conforto da acção amar, haveria uma recompensa implícita, viver-se-ia num estado de graça permanente, afirmando ainda explicitamente que o amor pressupõe recompensa, dando primazia à emoção sobre a razão. Sentimos amor, não está esclarecido que seja racional.
Rubénio Marcelo põe em dúvida este amar deste modo, ainda que o entenda como uma doação sem recompensa.
E o Dionísio Olympo admite ser um conceito confuso, interrogando-se sobre a sua existência – mas como pode não existir o amor, se ele se prova?, pergunto eu.
Para Lilith de Assis Freitas amar para ela é um dever, partilhar o amor é sermos livres. E Luciana Macrel Rielo retoma a teoria platónica do amor – amar é completar-se, que perdura desde há séculos muito antes do cristianismo.
Rochelly Karen retoma o conceito de Pascal como modelo: amar tem razões que a razão desconhece. O sentimento é mais forte que a razão, e esta irreconhece o seu fundamento, admitindo - assim - que amar faz parte da nossa existência, e é intronizado.
Da Lusofonia, houve igualmente asserções assaz interessantes:
Clara Costa diz que amar é viver com a pessoa amada na plenitude, isso basta para realizar uma vida, é a consumação duma existência feliz, e valeria a pena ler a Lena que intercedeu junto dela, mas desconhecemos o conteúdo dessa particular resposta.
O Ângelo é irredutível – amar pressupõe troca. Creio que este Ângelo é o mesmo que responde no UsinaDeLetras (se não for ele vai-nos dizer com certeza), afirmo-o apenas pelo teor da sua afirmação nos dois websites. Sem troca amar é sacrifício, mas no dia 19 de Abril, diz que há que definir este amar, porque há diferentes formas de amar. Não estamos inteiramente de acordo, porque amar globalmente é uma atitude, e diremos mais porquê, durante a explanação do mini-ensaio.
A Helena transcreve Eyumet Foz, dizendo que amar é a sublimação da existência e liga o amor ao poder da felicidade. Contradiz a minha frase, Susana Pestana e dizendo que amar não significa amor, mas paixão, porque nada é relevante sem paixão. Falaremos proximamente da paixão, que é outra atitude mais forte do que o amor, mas não quer dizer que a postura – amar - não exista na sua raiz.
E finalmente Enildo Netto Teodore afirma que amar é amar, mas isto assim dito assim nada significa, porque não se pode definir seja o que for usando o mesmo termo, é preciso desenvolvê-lo por outra identidade próxima explicativa ou uma variante o mais aproximada possível.
Houve ainda um membro da moderação da Lusofonia que concordou com o meu pensamento (mas a seu pedido, não divulgarei o seu nome como é lógico).

Como podemos constatar, as opiniões dividem-se entre os que dizem amar, dando sem retribuição, é uma loucura, não existe, é um sacrifício, e os que dizem amar é de facto a atitude mais concordante com a nossa natureza sublimada. A máxima era propícia ao equívoco, amar o quê, a quem, mas que é isso dum amor que é cego? Amar é uma atitude global,
amor é uma conjugação, uma junção, uma partilha a dois com objectivos definidos,
e a paixão é o empolgamento duma tarefa, inadiável e que supera todos os atavismos.
Não há cegueira no amar agindo, há com certeza a luz mais transparente que nos foi posta ao dispor pela razão e pelo coração no acto da criação.
Mas distinguimos, como vamos fazê-lo proximamente se vocês me ajudarem a manter desperta e acesa esta temática, essas diferenças, amar, amor-a-dois, e paixão.
Quando se fala que a nossa galáxia vai desaparecer contra outra galáxia daqui a não sei quantos milhões de anos, vê-se bem que a nossa eternidade é tão efémera quanto a nossa vida, e retomamos a cena do apocalipse que é o resultado do arrefecimento gradual do Sol no nosso Universo… Coitados dos ansiosos pelas quimeras do ouro e do poder, nem estes sinais, nos obrigam a repensar que estamos todos metidos na mesma barca, e que há náufragos que precisam de ajuda?!!! Onde é que nos encontraremos todos nós daqui a dezenas, centenas, milhares, milhões de anos? E digam-me, amigos, se não vale a pena reflectir sobre a nossa efémera existência, sem destino conhecido?
Da minha querida amiga Célia Lamounier recebi esta poesia enternecedora, que me apraz aqui reproduzir com sua licença, e de grande modo complementa tudo o que viemos até agora a tratar sobre a atitude AMAR AGINDO.
Ela diz:

«Estou lendo a mensagem hoje e me lembrei de um poeminha meu que lhe mando.

AMAR É DAR
Célia Lamounier - MG Brasil

Dar tua solidão por companhia
a outro alguém sequioso de alegria
é gesto que pode parecer inútil
mas, sobretudo, não é fútil.

Dar a tua mão para amparar
a criança, que por certo vai amar
melhor o mundo que lhe apoia,
é como dar uma jóia.

Dar um pouco de tempo em visita
a um doente ou uma pessoa aflita
transforma qualquer dia em um dia
especial de poesia.

Dar o teu silêncio ou tua voz
a todos estes seres que estão sós
necessitando de calor humano
para afastar desengano.

Dar, palavra que por si é doce,
por muitos maltratada com se fosse
um estigma de traição...
é a chave do coração.»

Desta autora recomendo a leitura do site:
http://www.celialamounier.hpg.ig.com.br
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Drummond de Andrade quis levar este sentimento ao extremo do pensamento, e definiu o amor com estas palavras «Amor é o que aprende no limite
Depois de se arquivar toda a ciência
Herdada, ouvida…»
Já alguma vez vos surgiu um pensamento da natureza deste escritor inglês?:
«O tempo muda tudo, excepto algo que é íntimo - sempre a surpreender-nos pela mudança.»
E da Helena Ofke recebemos uma contribuição prestimosa, transcrevendo o Sermão da Montanha de Emmet Fox: «Não há dificuldade que o Amor não vença; doença que o Amor não cure; porta que o Amor não abra; obstáculo que o Amor não transponha; muralha que o Amor não derrube; pecado que o Amor não redima… Quem souber amar o suficiente será o mais feliz e o mais poderoso ser do mundo.»
Duma excelente poetisa, que infelizmente só agora conheci, recebi muito recentemente esta poesia que transcrevo com a sua autorização:

Ah esse tal amor...

Ah esse tal amor que vem manso,
afobado, por vezes tão desejado e não se faz presente
Esse amor que se sente dentro da gente parece pronto
Pra receber outro amor talvez meio que perdido
Procurando seu dia amor encontrar...
São tantos sentires de amor exalados, suspirados
Poéticos, sonhados, realizados...
Todos eles a um só tempo num instante ou em momentos
Fazem-se vivos pois amar faz parte da gente
E se o amor não é chegado não foi desencontro provocado
Talvez seja mesmo tempo imaturo dele sentir-se amado
Continuo então nessa minha caminhada
Por vezes não tão iluminada
Talvez por eu mesma não perceber a luz que a mim chega
São momentos meio dor de amor...
A gente se aquieta, quase perde as esperanças de vê-lo perto
Tantas vezes de mim ele tentou se aproximar...
Mas na verdade creio eu nessa minha estrada,
Nessa vida tão necessitada de carinhos, de uma palavra amiga
Ser quem sabe um mensageiro desse amor tão precisado...

Liane Niremberg
03/05/2002
Poeta e escritora do Armazém Literário no website:
http://armazem.literario.nom.br/autoresarmazemliterario/elas/lianeniremberg/index.htm

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