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Artigos-->VIAGEM A ÉVORA, Portugal -- 17/11/2009 - 17:54 (Divina de Jesus Scarpim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aproveitamos o feriado de 1de novembro e fomos novamente para Portugal, só que desta vez fomos a Évora. Saímos na sexta-feira à noitinha, ou à tarde, como dizem os espanhóis e fomos direto, fazendo apenas as paradas necessárias para "esticar as pernas", tomar uma coca e obter informações. Chegamos de madrugada e, embora soubéssemos que Évora é uma cidade murada, tivemos dificuldade para ver a tal muralha. É bem diferente de Lugo. A muralha, mais baixa, em certos pontos se confunde com as construções e em outros parece simplesmente o muro de um quartel. Por isso, de madrugada, não nos demos conta com precisão desta muralha.



Procuramos um hotel e conseguimos vaga no segundo que vimos, mas o Nêgo achou muito caro e entramos na cidade para procurar outra coisa. Não achamos hotel ou pensão mas achamos a cidade. Achamos uma igreja muito antiga e as ruínas de um templo romano. Mais e melhor impressionados voltamos para aquele hotel mesmo e fomos dormir.



O hotel é muito agradável e no dia seguinte ficamos gostando mais ainda dele por causa da sala de café da manhã com vista panorâmica, muito agradável, arejada e com um desjejum muito bom e variado. Apenas, como todo hotel na Espanha e em Portugal de que temos notícia, aquele não serve frutas no café da manhã como é tão comum no Brasil. Mas serve suco de laranja, ou "sumo de naranja".



Depois do café fomos andar à toa pela cidade e entramos na igreja antiga que tínhamos visto na noite anterior.



Ah sim, Ia me esquecendo de um fato da noite anterior digno de nota: Quando estávamos dando voltas, tentando identificar a muralha e ver se havia algum sinal de vida na noite de Évora, vimos uma espécie de trailer muito movimentado se comparado ao deserto quase total que tínhamos visto até aquele momento, exceto pelo clube, onde vimos alguns adolescentes saindo ou parados em frente, parecia alguma danceteria. Pois o trailer vendia cachorro quente e chopp. Um chopp que faria o Léo ficar indignado mas que nós tomamos deliciados, descobrindo que estávamos sedentos e que apesar do lugar e do copo de plástico o chopp estava gelado. Acrescento o lembrete de que em Portugal não se conhece chopp, chamam de cerveja de barril, fino ou imperial.



Voltando à igreja antiga. Lá dentro havia um Cristo que me impressionou muito e eu pedi ao Nêgo que o fotografasse. Espero que saia bem. Fomos também visitar o claustro e o museu da própria igreja. Depois de pagar alguns escudos, é claro.



Saímos, andamos mais, vimos e ficamos impressionados com a ruína do templo romano. Fotografamos e compramos postais. No templo, que fica, é claro, em um terreno elevado, talvez até de forma artificial, tem uma placa avisando que é proibido subir. Nós, como pessoas civilizadas e embasbacados respeitadores da História não subimos mas, infelizmente havia uma porção de pessoas que não davam a mínima para o aviso e subiam para passear e tirar fotos lá no alto.



Achamos uma livraria e compramos alguns livros e postais. Tomamos uma cerveja e fomos almoçar em um pequeno restaurante perto de uma igreja que estava em reforma.



Em nossa caminhada vimos uma outra igreja muito impressionante pelo fato de ser muito anticonvencional. No alto da igreja, em lugar dos anjinhos gordinhos e de cabelos encaracolados que se costuma ver havia umas estátuas enormes de homens barbados e nus, a igreja estava fechada e não a vimos por dentro.



Depois do almoço continuamos a passear pela cidade conversando abobrinha quando encontramos uns amigos que também estavam por lá. Daí continuamos nosso turismo juntos. Fomos ao museu onde vimos várias peças e escavações arqueológicas e entramos em um convento em cuja igreja vimos no chão, coberto com vidro transparente, um ossuário pequeno mas suficientemente tétrico como só podem ser os ossuários. Outra coisa é o fato de não se poder andar nessa igreja sem que se esteja pisando sobre túmulos. Para dizer a verdade não gostamos muito dessa morbidez toda. Mal sabia eu que essa era fichinha perto da próxima.



Depois dessa visitação toda sentamos em umas mesas na praça e tomamos vários chopps. Depois levantamos da mesa apenas para andar uns cinquenta metros antes de encontrar um restaurantezinho muito aconchegante onde jantamos, marcamos um encontro para a manhã seguinte , nos despedimos e fomos para o hotel dormir.



Encontramos o pessoal em frente à igreja em reforma perto da qual havíamos almoçado no dia anterior e, depois de entrar e visitar a igreja, fomos até uma pequena mas tremendamente impressionante capela que há bem ao lado desta igreja: a capela dos ossos. É uma capela toda forrada de ossos, logo na entrada um aviso nos aproxima da morte. diz assim: "nós, ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos". Para entrar, como em todos os lugares, paga-se alguns escudos, mas se quiser tirar fotografias tem-se que pagar mais cem escudos. O Nêgo pagou e fotografou vários detalhes daquele monumento tremendamente tétrico. Eu não me senti muito à vontade naquele ambiente. Sem contar que antes de entrar na capela propriamente dita, havia uma espécie de capela anterior com um Cristo tremendamente feio, deformado, estranho mesmo, no altar. Só a visão daquele Cristo já era suficientemente desagradável.



Na livraria onde compramos postais no dia anterior, um deles nos chamou muito a atenção: Era de um lugar chamado Évoramonte. Perguntamos às pessoas que nos atenderam e, por causa desse postal, assim que saímos da capela dos ossos fomos todos a Evoramonte. O lugar é superlindo, tem um castelo de pequenas dimensões que se pode visitar e uma muralha muito atraente que cerca uma pequenina cidade de casas caiadas de branco e janelas de molduras coloridas além de algumas casas de pedra. Lá passeamos e lá encontramos um restaurante onde almoçamos antes de pegar a pista de retorno à Espanha. No caminho paramos em um mosteiro muito lindo, a Batalha, onde vimos um pátio interno grande, várias salas e uma delas com soldados montando guarda naquela posição totalmente estática que só se vê em televisão e cinema e que nos faz acercar-nos mais deles para tentar ter certeza se são mesmo pessoas. Saimos da Batalha e, depois de seguir mais um pouco em direção à Espanha, encontramos um delicioso restaurante na beira da estrada onde paramos para o jantar. Daí sim, voltamos direto para casa não sem antes pegar no caminho uma grande tempestade que fazia na frente do carro um efeito lindamente assustador. Era como se toda aquela imensidão de água estivesse brotando de um único ponto localizado bem diante de nossos olhos.

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