Cala-te boca amarga, que já é tarde para caluniar.
Não sentes que sendo tão cruel e má, és por demais acre no teu sabor?
Para quê saciar-se com todo o teu egoísmo, tão pobre que és de amor?
Já vingastes e já nutristes o fel da ironia sem par,
E já cobristes de lama o teu perdido coração.
Oh! bomba sem alma,sem fé e sem calma,
que bate, fere e calunia na tua imensa agonia.
Por onde andastes, ferina bola de fogo, neste teu prazer de ofender?
Que terras pisastes e quantos corações feristes, sem pena e sem dor?
Não vês que és por demais cruel aos olhos daquele que só lhe quis amar?
Na vida sacrifiquei-me por ti, sofri por ti e lutei por ti.
Cala-te alma perdida, que a vida não é brincadeira.
Tu não sabes, oh maldita criança feiticeira,
o vale de sombras que carregas neste teu orgulho infantil.
Se a mim tu não enganas,
Por que ainda derramas, teu sangue tão viril?
Por onde andastes, ferina bola de fogo, perdida ou escondida?
Que terras pisastes e quantos corações feristes, sem pena e sem dor?
Não vês que és por demais cruel aos olhos daquele que só lhe deu amor?
Hoje, esquecida e sofrida,
Procura amor e não encontras,
Procura paz e não se satisfaz.
Na tua dor, quem é que escutará, querida?
Os teus andeios febris e infantis,
Se no mundo feristes a quem só lhe deu felicidade?
Por onde andastes, alma do meu coração?
Por que feristes a mim por quê?
Hoje tristonho vago,
Sem afago e sem carinho,
Daria tudo de mim,
Se ainda voltasses ao meu ninho.
Fada Fadul
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