Quem mexe com Ôi de bila
De repente entra no corte
Fazendo à roleta russa
Arriscando sua sorte
Pode ser Pedro ou Lourenço
O pequeno ou imenso
Está procurando à morte.
Sendo do sul ou do norte
Mesmo do leste ou oeste
Só de vê o Ôi de bila
De mulher ele se veste
Lourenço não é segredo
Ele vai cagar de medo
Se quiser fazer o teste.
Ôi de bila é uma peste
A porta da sepultura
O homem não é brinquedo
Do Lourenço faz fritura
Sangra ele que nem bode
Escapar dele não pode
Vai matar a criatura.
Com ele não tem frescura
Olhou feio, já morreu!
Encomende o caixão
Lourenço já se fudeu
Ele tá c’o pé na cova
Por querer tirar a prova!
A sua vida já perdeu.
Vai morar com Asmudeu
E outros cães do inferno
Lourenço será defunto
Antes do próximo inverno
Se meter com Ôi de Bila
É só pra entrar na fila
Dos que vão virar eterno.