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Cordel-->7. A MISSÃO DE JESUS -- 06/05/2003 - 06:50 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Ao ouvir Jesus o grito
De seu povo tão aflito,
Pensou logo em auxiliar.
Chamou uns anjos de guarda
E lhes disse: — “Já não tarda
O evangelho a se espraiar.”

Mandou vir a anunciação.
Gabriel, com seu bordão,
Fez-se presente a Maria.
E lhe disse que seu filho
Iria ter todo o brilho
Que ninguém jamais teria.

Onde estava quem seria
O pai que Jesus queria
Brindar com honra tão santa?
Um bom homem, carpinteiro,
José, na lei o primeiro,
Que com o fato se encanta.

Tinha José outros filhos.
Acenderiam rastilhos
De inveja, rancor, má-fé?
Era preciso que a vida
Providenciasse guarida
A toda a clã de José.

Qual o melhor agasalho?
Era não faltar trabalho,
Para ser-lhe farta a mesa.
Enquanto cresce Jesus,
José os filhos conduz
A perceber tal riqueza.

Mas Jesus era esquisito
E punha José aflito,
Na exposição das idéias.
P ra tudo tinha resposta
Com que seu pai não desgosta:
Verdadeiras panacéias.

Ajudava na oficina
E falava da Doutrina,
Interessando os irmãos.
Mas percebeu que, calados,
Iam sendo separados:
Os temas lhes eram vãos.

Queriam ganhar a vida,
Mantendo a família unida,
Em doce felicidade.
Aquilo que o irmão dizia
Claramente induziria
A buscar outra verdade.

Jovem ainda, em bom treino,
Quis mencionar outro reino,
Em que seria senhor.
Mas calou-se, tendo em vista,
Que não seria benquista
A exposição superior.

Foi aí que teve origem
A fala que dá vertigem
Pela rudeza do trato:
— “P ra vos unir, eu não vim!” —
Querendo mostrar assim
A que viera de fato.

Separou-se da família,
Mantendo firme a vigília
Do domínio sobre a dor.
Precisava ser bem forte,
Sabendo próxima a morte
Que o destino ia compor.

Peregrinou pelo mundo.
Não hesitou um segundo
A pregar a salvação.
Desafiou os amigos
Com pensamentos antigos,
Ao lhes falar do perdão.

Meditava em locais ermos,
Trabalhava com enfermos,
Palestrava nas montanhas,
Atravessou vários mares,
Conheceu muitos lugares,
E teve visões estranhas.

Combateu a religião
Pela lei de talião
Que se impunha sobre a grei.
Publicanos, fariseus,
Conheceram o bom Deus,
Através de sua lei.

Mas os negócios falhavam:
Muitos já não lhes pagavam
O preço do paraíso.
Com Jesus, tudo era certo:
Falava de peito aberto;
Só lhes pedia juízo.

E multiplicava os pães,
E dava consolo às mães,
Tudo fazendo de graça.
Enaltecia o estrangeiro,
Dando valor ao dinheiro:
Eram irmãos de outra raça.

A muitos, causou rancor;
De tantos, só teve amor:
Era forte a divisão.
Pai e filho discutiam;
Sogra e nora não se viam;
Irmão rejeitava irmão.

— “P ra vos unir, eu não vim!” —,
Repetiu até o fim
E ainda se ouve a voz.
Mas agora não é treino,
Pois Jesus está no Reino,
De onde zela por nós.

A seu lado estão José,
Maria, João, Tomé,
Pedro e até Iscariote.
Fariseus também estão,
Cada irmão com seu irmão,
Pois já não fazem boicote.

Quem não uniu cá na Terra,
Tendo gerado essa guerra
Que persiste até agora,
No Céu, formou legião,
Com seu amor-união,
Pois sua lei lá vigora.

Façamos por entender
Como se dá tal poder
No trabalho que redime.
Agradeçamos ao Pai
Por sabermos que se extrai
Dessa lei amor sublime.

Quem estiver inda aflito
Já não lance forte grito,
Pois Jesus nos atendeu.
Reflita sobre o destino,
Não caia no desatino
Daquele povo judeu.

Já está ficando bem velho
O registro do evangelho:
Não há que desesperar.
Controle o seu sentimento,
Pense na lei um momento:
Verá o amor se espraiar.

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