Usina de Letras
Usina de Letras
209 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140785)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6176)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->Caixão confortado -- 22/08/2002 - 06:55 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caixão confortado

Vovó me contou um dia
Que em um pequeno povoado,
Morava uma família modesta
De gente muito educado,
E que um filho dessa família
Tinha passado pro outro lado.

O chefe desta família
Mandou em outro povoado,
Buscar um caixão de defunto
Que fosse bem confortado,
Para repousar um defunto
Que ia partir pro outro lado.

O carro saiu a carreira
Só poeira é que podia ver,
Pois as nuvens estavam grossas
E estava querendo chover,
Relâmpagos faiscavam ao longe
E o trovão fazia tremer.

O motorista chegando a cidade
Pediu logo um bom caixão,
Comprou logo e deu no pé
Pois já pingava no chão,
Lá na frente tinha um carona
Fazendo sinal com a mão.

Assim que o carona subiu
O carro saiu apressado,
O carona vendo a chuva
Disse logo estou arranjado,
Vou logo me alojar
Neste caixão envernizado.

Como a viagem era longa
Ia demorar a chegar,
O carona dormiu no caixão
Que até começou a roncar,
Lá adiante tinha dois caronas
Que dava sinal pra parar.

Depois subiram os dois
Já com o carro em movimento,
E olhando o caixão no carro
Os dois tiveram um só pensamento,
Mas não sabia que outro carona
Dormia roncando lá dentro.

A viagem prosseguia calma
A chuva continuava caindo,
Os caronas que entraram por último
Nem sonhava que tinha um dormindo,
Pensava, que defunto era aquele
Que deste mundo ia partindo.

Conversa vai papo vem
Os dois na chuva molhado,
Nisso o que estava roncando
Acordou já descansado,
Levantou a tampa do caixão
Pensou que a chuva tinha passado.

Os dois da carroceria
Vendo a tampa levantar,
Pensou que era o defunto
Tratou logo de se mandar,
Pois com aquela noite escura
Não podia adivinhar.

Que o defunto do caixão
Era também um passageiro,
Pulou os dois na estrada
Gritando num desespero,
E do pulo que eles deram
Encontraram a morte, ligeiro.

Nisso a chuva passou
E o carona ao lado do caixão,
Nem sonhava que tinha dois mortos
Na estrada caídos no chão,
E o carro cortando estrada
Corria por esse mundão.

Quando enfim chegou a cidade
Que parou pra tirar o caixão,
O carona que estava em cima
Foi logo descendo ao chão,
O motorista perguntou, cadê os dois?
O carona disse, sei não!

E pensando no que aconteceu
O caixão foi logo entregar,
Mas logo que o dia amanheceu
Dois senhores vieram lhe chamar,
Para buscar mais dois caixões
Pra dois corpos enterrar.

Que acharam lá na estrada
No chão todo estirado,
Não sabendo a causa da morte
Nem se fora assaltado,
Mas o leitor já deve saber
Que os dois morreram assustados.

De: Airam Ribeiro
10/12/99

Apenas ilustrei uma história que me contaram.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui