I
Um verso só que tenha muita luz
É tudo o que pedimos ao Senhor,
Mas, para lá chegar, há que o amor
Crescer no coração, qual de Jesus.
E há que à vida também dar valor,
No carregar sagrado dessa cruz,
Que em ter virtude tudo se reduz,
P ra que tal rima venha a se compor.
Doce esperança, então, nos cresce n alma,
Pois a Doutrina impõe a perfeição,
Que a perfeição, na arte, leva a palma,
Bastando compreender a cada irmão,
Lição suprema cuja fé acalma:
Está na caridade a salvação.
II
Quem traz no coração o amor divino
E esparge pelo mundo o rico dom
Muito perto estará da perfeição:
Cantemos-lhe, portanto, um doce hino.
Mas, neste mundo, poucos homens são
Capazes de aprender do bem o ensino,
Pois querem dominar o seu destino,
Buscando em tudo sempre ter razão.
Obedecer à lei é o tal segredo
De progredir, no encalço de Jesus.
Amar ao Pai se aprende desde cedo.
Pois é no amor que a vida se reduz,
Quando se enfrenta o mal, sem nenhum medo
De ser feliz nas bênçãos dessa luz.
III
Nesse mundo, o infortúnio gera crises
Que dão aos indivíduos xeque-mate.
Aí, cada palavra é disparate,
A revelar que são muito infelizes.
Descompassado, o coração lhes bate,
Ao perceber dos males as raízes,
Na ausência das severas diretrizes,
Que existem leis regendo esse combate.
Quem será a pessoa que, na Terra,
Deixou um rastro de pujante luz,
Tendo enfrentado a dor de dura guerra,
Até que terminasse numa cruz?
É xeque-mate a crise de quem erra,
Por não saber o nome de Jesus.
IV
Valei-nos, caro Mestre, nesta vida
Que a morte, um dia, abre o seu mistério,
Fazendo ver que o tema é muito sério,
Para se ter a alma arrependida.
Ao carregar um corpo ao cemitério,
Medite um pouco nessa dura lida,
Pois sempre a meditar ela convida,
Caso tenhamos dúvida do etéreo.
Aí é que Jesus se compadece
E manda missionários para o mundo,
A repisar as leis que o mundo esquece,
Pessoas cujo amor é tão profundo
Que basta uma palavra desta prece,
Para entender a vida num segundo.
|